Os EUA desenvolveram o protótipo de bombas-morcego durante a II Guerra Mundial. Os morcegos eram equipados com bombas incendiárias e o objetivo seria provocar incêndios em várias cidades japonesas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, entre tentativas de desenvolver novas armas, surgiu um bizarro conceito conhecido como “bombas-morcego”. Esta ideia peculiar tinha como objetivo explorar as capacidades naturais dos morcegos para criar uma arma única e devastadora contra as forças inimigas.
O conceito das bombas-morcego teve origem num dentista e inventor chamado Lytle S. Adams. Em 1942, Adams propôs ao governo dos EUA a ideia de usar morcegos como portadores de dispositivos incendiários.
A sua teoria era que os morcegos podiam ser equipados com pequenas bombas incendiárias temporizadas, lançadas de uma grande altitude, e que se empoleirariam em locais escondidos nas cidades inimigas, provocando incêndios.
O exército norte-americano, intrigado com o potencial deste plano invulgar, iniciou um projeto de investigação com o nome de código “Project X-Ray” para explorar a viabilidade das bombas-morcego.
Seguiram-se testes e desenvolvimentos exaustivos, que envolveram a criação de invólucros especiais para bombas que pudessem alojar os morcegos. O plano era libertar milhares de “morcegos bombistas” sobre as cidades japonesas.
No entanto, apesar dos resultados iniciais promissores, o projeto enfrentou inúmeros desafios e contratempos. A imprevisibilidade dos morcegos provou ser um obstáculo significativo, uma vez que se empoleiravam frequentemente em locais não intencionais. Além disso, o programa exigia uma quantidade considerável de tempo e recursos para treinar os morcegos e aperfeiçoar os mecanismos de distribuição, tornando-o menos viável.
Além disso, o desenvolvimento de outras armas mais convencionais, como a bomba atómica, acabou por ofuscar a bomba-morcego. Como resultado, o projeto foi cancelado em 1944 e o conceito da bomba-morcego caiu no esquecimento.