Este domingo, acerte o relógio para a hora de inverno

Petr Kratochvil / PDP

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Ainda que os últimos dias pareçam indicar que é o verão que está a chegar, este domingo, à semelhança de toda a União Europeia, Portugal atrasa os relógios e entra por cinco meses na “hora de inverno”.

Às 02:00 da manhã deste domingo, os relógios atrasam 60 minutos, no continente e na Região Autónoma da Madeira, e atrasam o mesmo tempo, mas à 01:00, nos Açores.

Portugal passa a estar alinhado com o tempo universal (tempo médio de Greenwich, TMG), conforme informação do Observatório Astronómico de Lisboa.

Estar alinhado com o tempo universal significa que está no fuso horário 0, igual ao do meridiano de Greenwich, que se convencionou usar como marcador para o tempo.

A mudança da hora acontece em todos os países da União Europeia, no mesmo momento, mas outros países que não fazem parte do grupo dos “28” escolheram seguir as mesmas normas.

Na Europa, só alguns países de Leste não atrasam os relógios uma hora no próximo domingo nem os adiantam em março. A Rússia está desde 2011 sem mudança de hora e, no ano passado, a Crimeia, que pertencia à Ucrânia, escolheu juntar-se a Moscovo e fez da mudança para a hora russa um acontecimento nacional.

Em África a hora é inalterável na maior parte dos países, o mesmo acontecendo na Ásia, onde apenas cinco países mexem nos relógios, e na Oceânia.

Do outro lado do mundo, no continente americano, há mais países que também têm hora de inverno e de verão mas ainda assim, com exceção da Europa, são mais os que não mudam do que os que mudam.

Na Europa, a norma começou na altura da I Guerra Mundial e teve como objetivo poupar combustível numa altura em que este era racionado.

Atualmente já não há um impacto económico, mas apenas social, já que os horários de trabalho coincidem mais com a luz solar.

Ainda assim, a União Europeia reavalia a manutenção dos horários de verão e de inverno de cinco em cinco anos.

Em Portugal, em 1992, o Governo, então chefiado por Cavaco Silva, adotou o horário da Europa central, mas a opção foi muito criticada, porque no inverno o sol nascia muito tarde e, no verão, era de dia até depois das 22:00. A partir de 1996, o Governo chefiado por António Guterres voltou ao antigo método.

Hoje, a questão não é polémica em Portugal.

É certo que os dias vão escurecer mais cedo, mas também é certo que é bom ter mais uma hora na noite de sábado para domingo, do último fim de semana de outubro, independentemente da forma de a usar. Exceto talvez para quem trabalhe por turnos.

Mas a “vingança” chega em março.

/Lusa

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