As bússolas quânticas estão cada vez mais perto de substituir o GPS, depois de os cientistas transformarem um sistema laser do tamanho de um frigorífico num microchip. Poderá ser muito útil, por exemplo, em áreas sem cobertura GPS.
Prepare-se para dizer adeus ao GPS.
Os investigadores deram um passo importante em direção ao desenvolvimento de uma bússola quântica portátil.
À margem de um estudo publicado recentemente, na Science Advances, um grupo de investigadores conseguiu miniaturizar um sistema laser tipicamente do tamanho de um frigorífico.
Os cientistas miniaturizaram o sistema para executar uma técnica de deteção chamada interferometria atómica.
Como explica a Live Science, a interferometria atómica explora o comportamento ondulatório dos eletrões para medir aceleração, rotação e velocidade angular, com precisão, permitindo aos utilizadores destas bússolas determinar a localização exata sem recorrer ao GPS – que, muitas vezes, falha por precisar da transmissão contínua de sinais entre dispositivos e satélites.
Ao contrário de um laser, que emite um feixe de luz, um interferómetro de átomos emite um feixe de átomos super-frios e utiliza a luz em vez de espelhos para manipular esse feixe.
Originalmente, os seis interferómetros de átomos necessários para fazer uma bússola quântica enchiam uma pequena casa. Mas os cientistas conseguiram reduzi-los significativamente.
Mas calma…
Apesar destes avanços, as bússolas quânticas ainda não estão prontas para o mercado.
Os investigadores continuam a trabalhar na miniaturização e integração de todos os componentes num único chip, além de reforçar o sistema contra vibrações, choques e radiação.
Quando concluída, esta tecnologia poderá revolucionar a navegação em áreas sem cobertura GPS ou em situações onde os sinais de GPS estejam bloqueados.
Peter Schwindt, um dos autores do estudo, expressou à Live Science entusiasmo pela possibilidade de ver estas tecnologias serem aplicadas em contextos reais: “Tenho uma paixão por ver estas tecnologias passarem a aplicações reais”.
Daí a sugerir o adeus ao GPS, é um abuso de todo o tamanho, principalmente quando a principal utilização é exatamente em locais onde não há sinal GPS… se não há, não há como dizer adeus!
Deveria estar escrito: ‘Dê adeus ao GPS daqui a trinta anos”.