Nova espécie de aranha em forma de lança descoberta na Austrália

Rix et al, 2024 / Australian Journal of Taxonomy

A nova espécie vive em florestas tropicais e usa as pernas longas para captar as presas. Os cientistas acreditam que ainda haverá muitas espécies por descobrir nas florestas australianas.

A Austrália não cansa de surpreender no que diz respeito ao reino animal. Desta vez, uma nova espécie de aranha no formato de uma lança foi descoberta por cientistas da Universidade da Austrália Ocidental. Batizada de aranha-pelicana, a descoberta deste integrante da família Archaeidae foi apresentada num estudo publicado na Australian Journal of Taxonomy.

Conforme nos mostra o novo estudo, a Austrarcheaea andersoni tem aproximadamente 2,5 milímetros de comprimento e pode ser encontrada tanto na Austrália em si quanto em Madagáscar ou mesmo na África Austral.

Os investigadores contam que encontraram nove espécimes da Austrarcheaea andersoni, que até então era desconhecida do ponto de vista da ciência.

Os autores mencionam que as aranhas dessa família são “cada vez mais reconhecidas pela sua importância para a conservação em ecossistemas sensíveis ao fogo e outros habitats em risco de alterações climáticas ou outras formas de perturbação humana”.

Nova espécie de aranha

As espécies de Austrarchaea estão restritas a florestas tropicais e em refúgios de terras altas ou montanhosas.

Esses aracnídeos também vivem da captura de insetos, por isso são apelidadas de “assassinas” pelos biólogos. Basicamente, a espécie usa as suas pernas longas, finas e em forma de lança para manipular as presas.

Mas o apelido vem apenas dos seus comportamentos, não pelo facto de que a aranha é mortal aos seres humanos.

Os próprios biólogos reconhecem que essa fauna tropical permanece pouco documentada em relação a outras linhagens de Archaeidae de regiões subtropicais, então ainda deve haver várias espécies à espera de serem descobertas.

Uma curiosidade é que o nome da nova espécie é uma homenagem ao Dr. Greg Anderson, investigador honorário do Museu de Queensland, pelas suas contribuições para a aracnologia e por ter recolhido o espécime pela primeira vez no Parque Nacional de Conway em 2023.

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