Encontradas esculturas rupestres de faraós egípcios debaixo de água no Nilo

Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito

Os artefactos ficaram esquecidos e submersos após a construção da barragem de Assuão.

Durante uma expedição de mergulho no rio Nilo, uma equipa arqueológica conjunta franco-egípcia descobriu gravuras rupestres subaquáticas representando vários antigos faraós egípcios, acompanhadas de inscrições hieroglíficas.

A descoberta foi feita a sul de Assuão, numa zona submersa na sequência da construção da barragem de Assuão, entre 1960 e 1970.

Embora a UNESCO tenha envidado esforços significativos para documentar e recolocar muitos vestígios arqueológicos antes da inundação, muitos artefactos foram deixados para trás e subsequentemente submersos.

Assuão tem uma importância histórica significativa devido à sua proximidade da fronteira sul do Egito e à presença de vários templos importantes, incluindo Abu Simbel e o complexo do templo de Philae.

Abu Simbel é conhecido pelas suas quatro estátuas colossais de Ramsés II, cada uma com cerca de 21 metros de altura.

O complexo do templo de Philae é notável por conter a última inscrição hieroglífica egípcia, escrita em 394 d.C.

O principal objetivo da equipa é identificar e registar as inscrições e esculturas sobreviventes que se encontram debaixo de água. Utilizando fotografia, vídeo e fotogrametria – um método que envolve a criação de modelos digitais 3D a partir de numerosas fotografias – os arqueólogos pretendem preservar estes tesouros submersos, explica o Live Science.

Entre as descobertas recentes estão esculturas dos faraós Amenhotep III (reinou por volta de 1390 a 1352 a.C.), Tutmés IV (reinou por volta de 1400 a 1390 a.C.), Psamtik II (reinou por volta de 595 a 589 a.C.) e Apries (reinou por volta de 589 a 570 a.C.), das dinastias 18 e 26.

Embora não tenham sido revelados pormenores específicos sobre as inscrições e os entalhes, os funcionários notaram o seu bom estado de conservação.

Os trabalhos em curso sugerem que é provável que venham a ser descobertos mais vestígios.

Esta expedição arqueológica subaquática não só lança luz sobre a história do antigo Egipto, como também sublinha a resiliência e a preservação do património cultural, apesar dos desafios naturais e artificiais.

ZAP //

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