Escândalo na Rússia: “afilhada” de Putin e várias celebridades em festa com tema “Quase Nus”

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Kremlin

Ksenia Sobchak, “afilhada” do Presidente da Rússia Vladimir Putin

Grandes nomes da Rússia estão a ser cancelados. Há quem já tenha sido preso por marcar presença na festa que deixou furiosos os apoiantes do Kremlin — e quem possa apanhar cinco anos de prisão.

O Partygate ao estilo da Rússia teve lugar recentemente na discoteca Mutabor, em Moscovo. Organizada pela blogger e apresentadora de TV Nastya Ivleeva, a festa com o tema “Quase Nus” de 20 de dezembro fez jus ao nome — o código vestuário foi antes um código de despir.

Várias celebridades marcaram presença no evento e agora os apoiantes do Kremlin e da guerra na Ucrânia estão furiosos — e as consequências para os “quase nus” podem envolver penas de prisão pesadas.

Uma das presentes foi a “afilhada” do líder russo Vladimir Putin, Ksenia Sobchak, figura pública conhecida por ser apresentadora de televisão, jornalista, atriz e política. A filha de Anatoly Sobchak, um político influente e um dos primeiros mentores de Vladimir Putin, é vista em vídeo na publicação da organizadora.

O rapper russo Vacio — cujo nome verdadeiro é Nikolai Vasiliev — apareceu na discoteca apenas com sapatilhas e uma meia colocada estrategicamente na sua zona privada.

A festa privada rapidamente se tornou pública quando os participantes publicaram vídeos e fotos nas redes sociais — e a festa acabou.

O rapper, cuja meia se tornou famosa da noite para o dia, foi multado em 200 mil rublos (cerca de 2000 euros) por “promover relações sexuais não tradicionais” e detido e condenado a 15 dias de prisão por “conduta desordeira”, de acordo com a BBC — mas há quem arrisque ficar muito mais tempo atrás das grades.

A organizadora da festa “Quase Nus”, Nastya Ivleeva, enfrenta uma ação judicial e pode apanhar até cinco anos de prisão, após mais de 20 pessoas terem assinado uma ação coletiva contra si a exigir o pagamento de mil milhões de rublos (10 milhões de euros) à Fundação Defensor da Pátria, organização que doa dinheiro aos participantes da “operação especial” do Kremlin.

A organizadora já pediu desculpa, entre lágrimas, na sua página no Instagram.

“Eles dizem que a Rússia sabe perdoar. Se assim for, gostaria de pedir-vos, o povo, uma segunda oportunidade”, disse Nastya Ivleeva na mensagem de vídeo.

“Se a resposta for não, então estou pronta para a minha execução pública. Não vou fugir. Estou pronta para qualquer resultado”, garantiu.

Grandes nomes, “cancelados”

Outros participantes da festa também estão a enfrentar as consequências.

Há notícias de cancelamentos de datas de concertos e términos de contratos publicitários. Alguns relatórios também indicam que algumas das estrelas estão a ser  “cortadas” de programas de entretenimento de Ano Novo, já pré-gravados na TV russa.

Grandes nomes que, de repente, estão a ser cancelados.

Um a um, os convidados proeminentes da festa têm recorrido às redes sociais, tal como Nastya, alguns para se desculparem pela sua presença, outros para insistirem que não fizeram nada de errado.

Reconheço que cometi um erro“, declarou o agora completamente vestido megastar Philipp Kirkorov. “A última coisa que quero é que tal evento, o meu erro, resulte em restrições à minha carreira na Rússia, o único país onde existo como artista e cidadão.”

“Eu estava com uma camisola de gola alta, um grande casaco, calças e sapatos”, disse a estrela pop Dima Bilan. “Eu não podia saber antecipadamente o que os outros convidados estariam a usar.”

ZAP //

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7 Comments

  1. Putin tem protegido a elite moscovita, os jovens não são mobilizados para e Guerra e vivem numa bolha de riqueza e festas. Voilá o resultado!

  2. São é um bando de comunistas.
    Mas afinal qual é a questão de uns tipos estarem nus a dançar?
    Não é bem melhor isto do que os LGBTs (e mais letras) se andarem a lamber na rua em cima de um autocarro com musica a altos berros?
    Ou ter um lei e orçamento para autorizar as trocas de casas de banho nas escolas?
    Queixam-se não sei de quê…

  3. Os Russos (e muitos outros) gostam muito de criticar os ocidentais – e os americanos em particular – mas depois o que se vê é que gostam de os copiar – nos hábitos, no vestuário, na comida, etc.

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