Um americano que as autoridades se esqueceram de enviar à prisão durante 13 anos foi libertado depois de passar 10 meses detido.
Cornealious Michael Anderson foi sentenciado em 2000 devido a um assalto à mão armada, mas só foi mandado para a prisão em julho do ano passado, devido a um erro burocrático do departamento prisional local, que não lhe enviou a ordem de prisão.
Mike Anderson disse não ter tentado esconder sua identidade das autoridades – e até as teria lembrado sobre a sentença.
Ao tomar a decisão de libertá-lo, a Justiça considerou o impacto que a prisão teria na sua nova família, assim como a sua conduta desde o roubo de 1999. Nesse período, ele casou-se duas vezes, teve filhos e iniciou diversos negócios.
A juíza Terry Lynn Brown elogiou o comportamento de Anderson desde a condenação, alegando que não fazia sentido mantê-lo preso.
“Você tem sido um bom pai e um bom marido. Tem sido um bom cidadão contribuinte do Estado do Missouri”, afirmou. “Isso faz-me acreditar que você é um bom homem, um homem mudado.”
Ordem de prisão
Anderson tinha 22 anos na época do roubo e não tinha antecedentes criminais sérios até à altura.
Ele foi instruído a aguardar uma ordem definindo a qual prisão deveria se apresentar, mas o papel nunca chegou às suas mãos.
Em julho do ano passado, quando a sua sentença deveria terminar, um funcionário do Departamento de Correções do Missouri percebeu que o réu nunca tinha sido mandado para a prisão.
Uma equipa policial foi então enviada sem aviso prévio para prendê-lo. Passado tanto tempo, Anderson já se tinha casado, divorciado, casado novamente, teve três filhos e tornou-se até voluntário numa igreja e numa equipa de futebol.
Anderson disse que nesse período renovou a sua carteira de motorista e o seu título de eleitor sem esconder o seu nome.
Uma petição na Internet a favor de sua libertação reuniu 35 mil assinaturas.
ZAP / BBC