Encontrado “dragão marinho” gigante. É uma das maiores descobertas fósseis britânicas

Dean Lomax / Twitter

Dean Lomax deitado à beira do fóssil do ictiossauro.

O paleontólogo Dean Lomax deitado à beira do fóssil do ictiossauro.

Uma equipa de investigadores encontrou um “dragão marinho” pré-histórico em Rutland, na região das Midlands, no oeste do Reino Unido.

O achado está a ser descrito como uma das maiores descobertas fósseis de sempre da paleontologia britânica, escreve o The Guardian.

Este ictiossauro terá cerca de 180 milhões de anos e o seu esqueleto tinha dez metros de comprimento. Só o crânio desta criatura pesaria cerca de uma tonelada. É o maior e mais completo fóssil do seu tipo já encontrado no Reino Unido

Os ictiossauros são normalmente conhecidos como “dragões marinhos”, uma vez que tendem a ter dentes e olhos muito grandes, assim como a criatura mitológica, e viverem dentro de água.

“Apesar dos muitos fósseis de ictiossauro encontrados na Grã-Bretanha, é notável pensar que o ictiossauro de Rutland é o maior esqueleto já encontrado no Reino Unido. É uma descoberta verdadeiramente sem precedentes e uma das maiores descobertas da história paleontológica britânica”, assumiu o paleontólogo Dean Lomax, citado pelo jornal inglês.

Estas criaturas variavam em tamanho, de um a mais de 25 metros de comprimento, e assemelhavam-se a golfinhos em termos corporais.

Durante a construção do reservatório de água da Rutland, nos anos 70, já tinham sido encontrados dois ictiossauros incompletos e bem mais pequenos.

“Foi só depois da nossa escavação exploratória que percebemos que estava praticamente completo até à ponta da cauda”, disse o paleontólogo Mark Evans. “É uma descoberta altamente significativa tanto nacional quanto internacionalmente, mas também de grande importância para o povo de Rutland e arredores”.

Ainda recentemente, cientistas descobriram uma nova espécie de ictiossauro, nos Estados Unidos. A descoberta desta espécie – Cymbospondylus youngorum – sugere que os ictiossauros cresceram mesmo muito num período de apenas 2,5 milhões de anos.

Segundo a equipa envolvida na pesquisa, as baleias demoraram cerca de 90% da sua existência de 55 milhões de anos para atingir os enormes tamanhos a que os ictiossauros conseguiram chegar no primeiro 1% dos seus 150 milhões de anos.

Daniel Costa, ZAP //

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