Uma equipa de investigadores encontrou um “dragão marinho” pré-histórico em Rutland, na região das Midlands, no oeste do Reino Unido.
O achado está a ser descrito como uma das maiores descobertas fósseis de sempre da paleontologia britânica, escreve o The Guardian.
Este ictiossauro terá cerca de 180 milhões de anos e o seu esqueleto tinha dez metros de comprimento. Só o crânio desta criatura pesaria cerca de uma tonelada. É o maior e mais completo fóssil do seu tipo já encontrado no Reino Unido
Os ictiossauros são normalmente conhecidos como “dragões marinhos”, uma vez que tendem a ter dentes e olhos muito grandes, assim como a criatura mitológica, e viverem dentro de água.
“Apesar dos muitos fósseis de ictiossauro encontrados na Grã-Bretanha, é notável pensar que o ictiossauro de Rutland é o maior esqueleto já encontrado no Reino Unido. É uma descoberta verdadeiramente sem precedentes e uma das maiores descobertas da história paleontológica britânica”, assumiu o paleontólogo Dean Lomax, citado pelo jornal inglês.
Estas criaturas variavam em tamanho, de um a mais de 25 metros de comprimento, e assemelhavam-se a golfinhos em termos corporais.
I’m absolutely thrilled to reveal the largest ichthyosaur skeleton EVER discovered in Britain!
It was an honour to lead the excavation and unearth this incredible Jurassic GIANT from its ancient rocky tomb in Rutland! Found by Joe Davis @RutlandWaterNR #RutlandSeaDragon pic.twitter.com/dfTTXT9zwu
— Dr Dean Lomax (@Dean_R_Lomax) January 10, 2022
Durante a construção do reservatório de água da Rutland, nos anos 70, já tinham sido encontrados dois ictiossauros incompletos e bem mais pequenos.
“Foi só depois da nossa escavação exploratória que percebemos que estava praticamente completo até à ponta da cauda”, disse o paleontólogo Mark Evans. “É uma descoberta altamente significativa tanto nacional quanto internacionalmente, mas também de grande importância para o povo de Rutland e arredores”.
Ainda recentemente, cientistas descobriram uma nova espécie de ictiossauro, nos Estados Unidos. A descoberta desta espécie – Cymbospondylus youngorum – sugere que os ictiossauros cresceram mesmo muito num período de apenas 2,5 milhões de anos.
Segundo a equipa envolvida na pesquisa, as baleias demoraram cerca de 90% da sua existência de 55 milhões de anos para atingir os enormes tamanhos a que os ictiossauros conseguiram chegar no primeiro 1% dos seus 150 milhões de anos.