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Em Marte, as auroras brilham durante todo o verão (e ajudam a explicar a perda de água do Planeta Vermelho)

MAVEN / LASP / University of Colorado / NASA

Aurora global em Marte

Além de impressionantes, as auroras dos céus marcianos oferecem pistas importantes sobre como a água do Planeta Vermelho escapa para a atmosfera.

Este tipo de aurora – conhecida por “aurora protão” e identificada pela primeira vez em Marte no ano 2016 – ocorre durante o dia e produz luz ultravioleta (UV). Apesra de ser visível a olho nu, foi detetada pelo Imaging UltraViolet Spectrograph (IUVS) da MAVEN.

Recentemente, uma equipa de cientistas estudou estas auroras marcianas através da análise de dados acumulados ao longo de vários anos de observações. No novo artigo científico, publicado recentemente na JGR Space Physics, os cientistas referem que as aurora protão são as mais comuns em Marte, “com quase 100% de ocorrência no lado diurno do planeta, no sul durante o verão”.

Na Terra, as auroras aparecem quando ventos solares atingem o campo magnético do nosso planeta. Estas colisões de alta energia entre partículas solares e prtículas atmosféricas de gás criam luzes no céu.

Segundo Andréa Hughes, investigadora da Universidade Aeronáutica Riddle, na Flórida, as auroras protão também começam com ventos solares – mas, neste caso, os protões carregados colidem com uma nuvem de hidrogénio.

Depois, sugam os eletrões dos átomos de hidrogénio, neutralizando os protões. Quando estes átomos neutros energéticos entram na atmosfera de Marte, as colisões com moléculas produzem brilhos ultravioletas – ou auroras de protões.

Estas auroras são muito comuns no verão marciano no sul do planeta porque os meses de verão são aqueles em que a nuvem de hidrogénio surge perfeitamente posicionada para interagir com os ventos solares e, desta forma, produzir auroras de protões quase constantes.

Os cientistas descobriram ainda que a temperatura aumenta durante o verão marciano e que as nuvens de poeira retiram o vapor de água da superfície do planeta. “Isso faz com que o hidrogénio se separe em hidrogénio e oxigénio, fazendo com que ele escape”, disse Hughe, citada pelo Live Science.

“Por causa desse fenómeno, sabemos que quando vemos uma aurora protão, a fonte não é apenas o vento solar, mas também a água que se separa e se perde no Espaço.”

ZAP //

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