O Sporting fez história. Em 14 jogos em solo alemão, nunca o emblema de Alvalade havia vencido, mas fê-lo desta feita na visita ao Eintracht Frankfurt, e com categoria.
Após um primeiro tempo de algumas dificuldades os “leões” acertaram marcações e afinaram as transições, marcando três golos sem resposta perante uma formação germânica desesperada no ataque à procura do golo. Marcus Edwards, Francisco Trincão e Nuno Santos fizeram abanar as redes.
Não se adivinhava fácil a visita do Sporting a Frankfurt e a primeira parte provou-o. O Eintracht, como se esperava, aplicou grande velocidade aos processos, às trocas de bola, movimentações e diagonais dos seus jogadores, sempre com Kamada em evidência, e criou diversos lances de perigo junto à área de Adán, que foi resolvendo os problemas.
A má definição do último passe alemão foi amiga dos “leões”, que foram pacientes, iam tendo bola, mas não conseguiam sequer rematar à baliza.
Aos 12 minutos o árbitro ainda atribuiu penálti para o Sporting, por falta de Christopher Lenz sobre Edwards, mas reverteu a decisão após intervenção do VAR.
O primeiro remate dos portugueses aconteceu apenas aos 35 minutos, num grande trabalho de Edwards na direita para grande defesa de Kevin Trapp, e perto do descanso, Adán evitou autogolo de Morita. Mas o melhor ao intervalo era Coates, com quatro alívios e um corte decisivo.
No segundo tempo o jogo virou. O Eintracht perdeu a paciência ofensiva, expôs-se e o Sporting fez xeque-mate. Aos 65 minutos Edwards recolheu na área e conseguiu um remate enrolado, que acabou por entrar na baliza alemã.
Aberto o ativo, os homens da casa atiraram-se para o ataque e o “leão” ampliou dois minutos depois, num contra-ataque rápido que terminou com assistência de Edwards para o primeiro golo de Trincão com a camisola do Sporting.
O Sporting, mais perigoso e agora mais tranquilo, passou a controlar o jogo melhor, impedindo as mesmas incursões ofensivas que os alemães construíram na primeira parte. E aos 82 minutos, Porro lançou o recém-entrado Nuno Santos e este, isolado, fez o 3-0. Lição leonina em Frankfurt e primeira vitória de sempre do Sporting em terras germânicas.
Melhor em Campo
O uruguaio encheu o campo. A tarefa não era fácil, já que os alemães colocavam muitos homens no meio-campo, por vezes em transições em bloco, mas Ugarte terminou com números defensivos incríveis, que lhe valeram a distinção de MVP.
Tome nota: 14 recuperações de posse, dez ações defensivas no meio-campo contrário e dez desarmes, todos máximos do jogo. Somou ainda quatro intercepções (segundo valor mais alto), três bloqueios de passe, completou as três tentativas de drible e registou o máximo de ações com bola (95). Estupendo.
Destaques do Eintracht Frankfurt
Djibril Sow 6.0
O médio foi consistentemente o melhor elemento do Eintracht, mesmo tendo caído de produção (tal como toda a equipa) no segundo tempo. Destaque para as seis recuperações de posse e seis intercepções (máximo do jogo).
Tuta 5.6
O central brasileiro fez o que pôde, com destaque para nove recuperações de posse e cinco desarmes. Consentiu dois dribles no primeiro terço.
Destaques do Sporting
Pedro Porro 7.0
Que jogão do espanhol, que aproveitou bem o corredor e a subida dos alemães pelo seu lado para causar estragos. Foi dele o passe extraordinário para o golo de Nuno Santos, registando dois passes para finalização, seis ofensivos valiosos, dois cruzamentos eficazes em três, oito recuperações de posse e quatro desarmes.
Marcus Edwards 6.8
Um autêntico diabo à solta e consistentemente o mais perigoso jogador dos “leões”. O inglês marcou o primeiro golo do encontro, enquadrou os seus dois remates, realizou uma assistência em dois passes para finalização e uma condução super aproximativa.
Antonio Adán 6.8
O espanhol ainda cometeu um erro num passe, na primeira parte, mas de resto esteve muito seguro, tendo realizado duas defesas e completado 32 dos 35 passes que realizou.
Nuno Santo 6.4
Entrou para jogar os últimos 15 minutos e marcou um golo. Chegar, ver e vencer.
Francisco Trincão 5.7
A primeira parte do extremo não foi grande coisa, mas na segunda, mais solto, o seu futebol ganhou outra dimensão. Fez um golo, enquadrou dois de três remates e recebeu 11 passes aproximativos, máximo do jogo.
Sebastián Coates 5.7
O melhor elemento da primeira parte, caiu um pouco de produção, contudo, esteve muito bem no passe (39 certos em 43), somou nove ações defensivas e um corte decisivo.
Matheus Reis 5.7
O brasileiro tapou muito bem o flanco esquerdo, com três desarmes, e lançou ataques com seis passes aproximativos e três super aproximativos.
Jeremiah St. Juste 5.5
A sua velocidade permitiu-se resolver alguns problemas, quando os alemães conseguiam surgir nas suas costas. Destaque para três desarmes realizados.
Resumo
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