Apresentador egípcio condenado a prisão por entrevistar homossexual

Banitsa / Flickr

Um apresentador da estação de televisão egípcia LTC TV foi condenado a um ano de prisão com pena suspensa por ter entrevistado um homossexual. Mohamed al-Gheiti foi acusado de promover a homossexualidade e o desrespeito à religião.

Segundo o Daily Mail, que nota que o apresentador tinha já expressado várias vezes a sua posição contra relações de pessoas do mesmo sexo, o tribunal de Gizé impôs também uma multa de 3000 libras egípcias (cerca de 147 euros) e ordenou que o apresentadr fosse vigiado durante um ano após cumprir a pena a que foi sentenciado.

O caso remonta a agosto de 2018, quando Gheiti convidou um homossexual para participar no seu programa, para que falasse da sua orientação sexual.

Depois de o programa ter sido transmitido, o principal regulador dos média no Egito – que funciona sobre a alçada do Estado – suspendeu a emissão televisiva do canal durante duas semanas, alegando violações profissionais de regulamento.

Em comunicado, difundido à época dos acontecimentos, o regulador disse que a LTC TV não respeitou a proibição da “presença de homossexuais ou a promoção dos seus símbolos” na televisão.

A entidade acima mencionada proibiu a presença de homossexuais na televisão depois de uma bandeira arco-íris (símbolo da comunidade LGBT) ter sido levantada durante um concerto na cidade do Cairo em 2017.

Apesar de a homossexualidade não ser proibida no Egito, país conservador, as autoridades têm recorrem a acusações de “deboche” ou “prostituição” para condenar relações entre pessoas do mesmo sexo.

ZAP // RT

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