O avançado que vai estar sempre associado à final do Europeu 2016 só marcou um golo nesta temporada. Não joga pela seleção há quase dois anos e meio.
A definição de melhor ou pior época de sempre de um futebolista é discutível, muitas vezes. Mas quando a análise se centra num avançado, é habitual olharmos para o número de golos que marcou.
Nesse capítulo, Éder está fraco. A cumprir a sua quarta temporada consecutiva ao serviço do Lokomotiv Moscovo, o internacional português está a caminho da pior época da sua carreira: só marcou um golo, até agora. E estamos em abril.
A única temporada em que só apontou um golo em tantos jogos já foi há 12 anos, logo na primeira época ao serviço da Académica. Jogou 30 vezes, na temporada 2008/09.
Ainda pode igualar, ou ultrapassar, esse número de encontros oficiais nesta época: até agora participou em 23 jogos da equipa russa, onde não é titular indiscutível. Aliás, nos últimos três jogos, esteve em campo apenas no último – e somente durante cerca de um quarto de hora.
Nunca marcou na edição atual do campeonato russo. A única vez que colocou o seu nome na lista de marcadores foi na Liga dos Campeões, num empate a duas bolas em Salzburgo, na Áustria. Isso foi em outubro. Éder não marca qualquer golo há quase meio ano.
Curiosamente, estes números surgem depois da época com mais golos na Rússia: seis, na temporada anterior. 2012/13 foi a época mais produtiva do futebolista nascido na Guiné-Bissau: com a camisola do Sporting de Braga, apontou 16 golos em 32 jogos oficiais.
Herói em 2016, ausente desde 2018
Éder não joga por Portugal há quase dois anos e meio. Novembro de 2018 representou a sua última presença, na altura para um jogo com a Polónia, na primeira edição da Liga das Nações.
Não foi convocado para a fase de qualificação para o próximo Europeu e dificilmente será chamado para a fase final no próximo verão, embora tenha características diferentes dos habituais homens da frente: Cristiano Ronaldo, João Félix, Diogo Jota e André Silva.
O Éder é o único atleta português que atingiu aquela dimensão que os gregos antigos reservavam para os heróis. Podia até ter um lugar de suplente honorário nos jogos da seleção nacional, mesmo não jogando!