E se fosse possível viver mais e morrer mais saudável?

Toda a gente quer viver até uma idade avançada, mas ninguém quer lá chegar sem qualidade de vida. Recentemente, uma equipa de cientistas da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, provou que um tratamento pode ser capaz de prolongar a vida e o vigor até ao fim.

A expectativa de vida humana aumentou ao longo do último século, mas a maioria das pessoas sofre um grave declínio do seu estado de saúde durante a velhice.

Cancro, diabetes ou doenças cardiovasculares são ameaças graves que debilitam os seres humanos, mas este declínio pode, afinal, não ser inevitável.

Recentemente, uma equipa liderada pelo investigador Ming Xu demonstrou que um grupo de ratos cobaia viveu 9% mais tempo (79 dias extra) quando recebeu tratamentos mensais.

Segundo o EurekAlert, os animais mostraram ser capazes de andar mais rápido e agarrar objetos com mais força do que os ratos não tratados.

Surpreendentemente, os cientistas descobriram que, apesar de os ratos tratados serem mais velhos no momento da morte, a sua função física e fragilidade eram melhores do que as dos ratos do grupo de controlo durante a sua última fase de vida.

“Estamos todos muito entusiasmados com esta descoberta, porque demonstra que estendemos a vida útil, mas também a vida com boa saúde em ratos, um objetivo fundamental no campo do envelhecimento”, reagiu Xu.

A equipa usou dois grupos de ratos: um grupo de controlo e um segundo grupo que recebeu tratamentos mensais para eliminar células altamente inflamatórias dos seus tecidos. As células altamente inflamatórias foram definidas como aquelas que expressam ativamente um gene específico, chamado p21.

Os tratamentos mensais tiveram efeitos surpreendentes, prolongando a vida útil máxima dos ratos e a expectativa de vida média.

O próximo passo é trabalhar numa forma eficaz de traduzir estes resultados para seres humanos. Se o tratamento funcionar da mesma forma, seria o equivalente a 8 a 10 anos adicionais de velhice saudável.

O artigo científico foi publicado, recentemente, na Cell Metabolism.

ZAP //

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