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“É preciso tecnologia mas é preciso manter o que nos mantém cá”: o foco de uma nova empresa

Sowin foi apresentada nesta semana e centra-se em quatro aspectos: globalização, sustentabilidade, inovação e carácter social.

Sowin. Sow, em inglês, significa semear. In, no mesmo idioma, significa “inclusão, estou dentro”.

Foi a justificação dada por Marcel Araújo, director-executivo da Sowin, uma empresa apresentada nesta terça-feira, 15 de Fevereiro, e que se foca em quatro aspectos: globalização, sustentabilidade, inovação e carácter social.

Conta nos quadros com 65 pessoas mas o objectivo é entrar em 2023 com 130 pessoas, o dobro, admitiu Marcel em entrevista ao ZAP.

O director da empresa centrada em tecnologia disse que essa mesma tecnologia “origina adaptações, não só de empresas, mas da sociedade em geral”. Mas também deve-se ter em atenção o planeta Terra: “É preciso acompanhar a evolução tecnológica mas também é preciso manter o que nos mantém aqui“.

A Sowin quer apresentar “abordagens tecnológicas para criar empresas competitivas, mas sustentáveis“. Com dois trios que resumem o seu lema: empresa, sociedade e planeta; globalização, sustentabilidade e inovação.

A empresa não desenvolve soluções tecnológicas próprias. Contrata ou forma pessoas em diversos países e continentes: “Focamo-nos nos ecossistemas tecnológicos: na tecnologia, que acelera o processo, e sobretudo na vertente humana”.

No fundo, o centro da nova empresa são as pessoas. Sobretudo quem concordar e quem enveredar pelo rumo da sustentabilidade.

Marcel comentou que não há qualquer “barreira” no recrutamento, nem no género, nem na localização; embora queira construir uma equipa equilibrada entre homens e mulheres, num “sector da tecnologia que ainda é um ambiente muito masculino”.

“Não olhamos para o género ou para as origens. Analisamos a capacidade da pessoa. Em primeiro lugar, temos de ser absolutamente agnósticos no momento da contratação. Mas também teremos um cuidado maior na igualdade de géneros”, explicou.

Sendo a sustentabilidade um dos pilares, outro serão os programas de carácter social: “A questão ética é cada vez mais importante. Adoptamos a filosofia que grandes empresas já adoptam: a ESG – Environmental, Social and Governance (administração ambiental, social e corporativa)”.

“Isto não é só doar uma vez cobertores de inverno para sem-abrigo, ou levar pratos de comida para quem necessita. É pensar nisso como dia-a-dia. Ser visto pelo mercado e pela sociedade como uma empresa que está focada diariamente nisso”, continuou Marcel Araújo.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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