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Descobertas duas novas espécies de dinossauros na Ilha de Wight

(dr) Anthony Hutchings

Impressão artística dos espinossaurídeos

Um novo estudo sugere que ossos encontrados na Ilha de Wight, em Inglaterra, pertencem a duas novas espécies de espinossaurídeos, dinossauros de uma família de terópodes invulgares.

Segundo o comunicado publicado no site EurekAlert!, os ossos foram descobertos numa praia perto de Brighstone, na Ilha de Wight, ao longo de vários anos. No total, são mais de 50 ossos que foram encontrados entre rochas que fazem parte da Formação Wessex, depositada há mais de 125 milhões de anos durante o Cretáceo Inferior.

A análise realizada por paleontólogos da Universidade de Southampton, e publicada esta quarta-feira na revista científica Scientific Reports, sugeriu que pertenciam a duas espécies de dinossauros até então desconhecidas.

O primeiro espécime foi denominado Ceratosuchops inferodios, que se traduz em algo como “garça com cara de crocodilo com chifres”. Com uma série de chifres e saliências que lhe ornamentavam a zona da testa, o nome também se refere ao seu provável estilo de caça, que seria semelhante ao de uma (aterrorizante) garça.

Geralmente, as garças apanham presas aquáticas em torno das margens dos cursos de água, mas a sua dieta é muito mais flexível do que se imagina e pode também incluir presas terrestres.

A segunda foi denominada Riparovenator milnerae, nome se traduz em “caçador das margens do rio de Milner”, em homenagem à paleontóloga britânica Angela Milner, que faleceu recentemente.

Embora os esqueletos estejam incompletos, os investigadores estimam que ambos mediam cerca de nove metros de comprimento e que abocanhavam as presas com os seus crânios de um metro.

O estudo também sugere que os espinossaurídeos podem ter evoluído inicialmente na Europa, antes de se dispersarem para a Ásia, África e América do Sul.

ZAP //

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