Drone todo-terreno. Com oito hélices e a forma de um tanque de guerra, o Huuver quer desafiar os limites do possível

Projeto apoiado pela União Europeia tira partido das capacidades dos drones, dando-lhe mais munições para que possa ter uma participação positiva nos vários cenários de catástrofe ou guerra. 

O uso de drones em missões de resgate e salvamento é cada vez mais recorrente, com os dispositivos a integrarem o conjunto de ferramentas e armas que exércitos e outras entidades têm ao seu dispor.

No entanto, estes têm limitações, sobretudo no que respeita à bateria e aos horários em que podem ser usados, já que os operadores terão de ter em consideração a luminosidade existe para os controlarem com precisão. No entanto, um projeto europeu pretende preencher as várias lacunas existentes.

O recém-criado Huuver dispõe de hélices, mas também de faixas de rodagem como as que são usadas nos tanques de guerra, o que permite ao aparelho voar, mas também percorrer terrenos terrestres, mesmo os mais acidentados.

Quando uma missão assim o exige, o veículo, fazendo uso das faixas, pode andar no solo ao longo de dez horas, sendo essa a capacidade máxima da sua bateria de lítio quando repleta. Já quando a deslocação tem obrigatoriamente que ocorrer por ar, o voo pode decorrer durante 20 minutos, após a ativação das oito hélices horizontais.

No que respeita à suas especificidades, o protótipo apresentado mede 137 centímetros de comprimento, 84 de largura e 56 de altura, enquanto o peso se fixa nos 23kg.

Os responsáveis pela controlar o dispositivo podem fazê-lo em tempo real, supervisionando os seus movimentos através das câmaras Sony 4K e Flir, as quais têm a opção de medir a temperatura térmica.

Ainda assim, o Huuver pode navegar sozinho, por via de um sistema de posicionamento possível através das informações que lhe são transmitidas através do satélite Galileo e do sensor Velodyne Puck Lite Lidar, que ajuda a evitar obstáculos.

O aparelho é um excelente da colaboração europeia, já que no seu desenvolvimento participaram institutos e universidades da Polónia, da Finlândia, da República Checa, da Áustria e de Espanha, para além da sua realização ser apoiada pela União Europeia.

Atualmente, anuncia o New Atlas, o projeto está já concluído, pelo que entra numa fase de comercialização, apesar de ainda não existirem informações sobre quando o aparelho estará disponível.

ZAP //

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