Dia Mundial da Terra. Acordo de Paris assinado esta sexta-feira

Arnaud Bouissou / COP21

O presidente francês, François Hollande, com o presidente da Cimeira do Clima, Laurent Fabius, e o Scretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon

O presidente francês, François Hollande, com o presidente da Cimeira do Clima, Laurent Fabius, e o Scretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon

Acordo contra as alterações climáticas vai ser assinado no mesmo dia em que se celebra o dia da Terra, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Representantes de cerca de 160 países assinam esta sexta-feira, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, o acordo de Paris contra as alterações climáticas.

A assinatura deste acordo, fechado em dezembro do ano passado, aconteceu depois de difíceis negociações entre 195 países e a União Europeia e vai ocorrer na sede da ONU, no mesmo dia em que se celebra o Dia Mundial da Terra.

O objetivo é que este acordo entre em vigor em 2020, no entanto, o mesmo só se concretiza quando for ratificado por 55 Estados responsáveis por, pelo menos, 55% das emissões de gases de efeito de estufa.

Depois da adoção do texto em Paris, ainda é necessária a assinatura do acordo, até ao fim de abril de 2017, e a ratificação nacional, consoante as regras de cada país, podendo ser através da votação no Parlamento ou, por exemplo, por decreto-lei.

Uma das novidades deste documento é a revisão, a cada cinco anos, das metas de contribuição de cada Estado para tentar parar o aquecimento do planeta e as consequências associadas, como a maior frequência de fenómenos extremos de calor, que levam a secas e a incêndios florestais, e a concentração da chuva em períodos curtos de tempo, provocando cheias e inundações, a que se junta a subida do nível do mar.

Além da presença do ministro do Ambiente português, João Matos Fernandes, são esperados na cidade norte-americana cerca de 60 chefes de Estado, entre os quais o francês François Hollande, o vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Gaoli, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, ou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

Na semana passada, a ministra do Ambiente francesa, Ségolène Royal, que foi a presidente da COP21, disse que o número de presenças confirmadas significa que o “‘momentum’ do acordo de Paris não enfraqueceu”.

Segundo a governante, esta cerimónia será uma oportunidade para os líderes internacionais fazerem “uma declaração forte” sobre a futura política relacionada com o preço do carbono, para estimular o desenvolvimento da energia limpa.

ZAP / ABr

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