“Erro” da Casa Branca deportou-o para uma das piores prisões do mundo. Trump não o tira de lá

Shawn Thew / EPA

Casa Branca começoupor admitir o erro, mas agora nega. Kilmar foi preso à frente do filho e acusado sem fundamentos legais. Em 3 dias, estava numa das prisões mais duras do mundo.

Kilmar Armando Abrego Garcia era um imigrante de El Salvador que vivia em Maryland, nos EUA. Tem 29 anos e é pai. Há 6 anos, foi preso enquanto procurava emprego.

Na altura, um juiz determinou que ele não deveria ser deportado para sua terra natal porque poderia enfrentar perigo lá, recorda o The New York Times.

Em março deste ano, no entanto, estava na comapnhia do filho quando foi mandado parar por agentes federais, que o acusaram de fazer parte do gangue salvadorenho MS-13, memso sem qulquer indicação registo criminal que o ligue ao crime organizado.

Numa questão de 3 dias, foi enviado para a prisão de CECOT, conhecida por ser uma das mais duras de todo o mundo (foi já acusada de violações dos direitos humanos).

Entretanto, vários funcionários da administração Trump — incluindo o procurador-geral dos Estados Unidos — fizeram uma confissão rara: a Casa Branca cometeu um erro quando deportou Abrego Garcia.

No entanti, na segunda-feira, Stephen Miller, o principal conselheiro de política interna de Trump, mostrou uma versão contrária, que tem gerado ondas de protesto no país. “Não foi enviado por engano para El Salvador”, disse Miller. “Esta era a pessoa certa enviada para o sítio certo”.

O próprio presidente de El Salvador já recusou terminantemente cooperar com os esforços de trazer Kilmar para casa. “A pergunta é absurda. Como posso contrabandear um terrorista para os Estados Unidos?”, disparou Nayib Bukele. “Não tenho o poder de devolvê-lo aos Estados Unidos”.

Kilmar tinha estatuto de proteção, o que está a gerar polémica no país. O imigrante entrou de forma ilegal nos EUA, em 2011, após ter sido ameaçado por um gangue salvadorenho. Conseguiu, entretanto regularizar-se, e a Justiça impedira que fosse deportado devido ao risco de vida que corria.

Em 2019, foi detido pelo ICE por ter sido acusado de pertencer ao braço da organização criminosa MS-13 em Nova Iorque — nunca lá viveu. Na prisão onde está desde 15 de março, são vários os elementos de gangues que lá habitam.

Entretanto, esta terça feira, uma juiza norte-americana decretou que os funcionários de Trump terão de revelar o que fizeram para tentar o seu regresso. Mesmo que tenham tentado alguma medida, ate agora não houve desnvolvimentos na situação de Kilmar.

ZAP //

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