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Costa eleito presidente do Conselho Europeu. Só Meloni votou contra

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Olivier Matthys/EPA

António Costa no seu último Conselho Europeu

Antigo primeiro-ministro sobe ao topo da Europa a partir de Dezembro. Von der Leyen e Kallas também venceram na votação. Orban votou a favor de Costa.

O ex-primeiro-ministro português, o socialista António Costa, foi eleito pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia como presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio, foi anunciado em Bruxelas.

Costa assume o cargo a partir de 1 de dezembro de 2024.

De acordo com fontes diplomáticas, a decisão foi adotada numa reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, na qual os líderes da UE propuseram também o nome de Ursula von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, que depende porém do aval final do Parlamento Europeu, e nomearam a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, sujeita à eleição pelos eurodeputados de todo o colégio de comissários.

Após a demissão na sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português António Costa foi escolhido para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, a instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado do bloco europeu, numa nomeação feita por maioria qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representem 65% da população total).

António Costa é o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu.

Meloni contra

A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, foi a única líder europeia que votou contra o nome de António Costa para presidente do Conselho Europeu, confirmaram hoje à Lusa fontes diplomáticas.

As mesmas fontes revelaram também que Giorgia Meloni se absteve na escolha de Ursula von der Leyen para presidente da Comissão Europeia e da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

Meloni justificou não ter apoiado a proposta para as novas lideranças na União Europeia (UE), incluindo o ex-chefe do Governo português António Costa, por considerar que é “errada no método e na substância”.

Numa mensagem na rede X, divulgada na quinta-feira à noite, a líder do executivo italiano afirmou que decidiu não apoiar a proposta dos líderes europeus “por respeito aos cidadãos e às indicações que vieram desses cidadãos durante as eleições” para o Parlamento Europeu, realizadas em 9 de junho.

“Continuaremos a trabalhar para finalmente dar à Itália o peso que merece na Europa, disse ainda Meloni, que foi a única líder europeia que votou contra o nome de António Costa para presidente do Conselho Europeu, confirmaram à Lusa fontes diplomáticas.

Marcelo e Montenegro

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta quinta-feira que a eleição de António Costa para o cargo de presidente do Conselho Europeu é “uma magnífica decisão para a Europa e também para Portugal”.

Esta posição consta de uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

“O compromisso pessoal e o trabalho já demonstrado de António Costa para com a construção europeia e no que representa de solidariedade e progresso é uma garantia de que o Conselho Europeu ficará em boas mãos, pelo que o Presidente da República lhe apresenta os votos de parabéns e de felicidades nas futuras funções, a bem de todos nós”, acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa, na mesma nota.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, felicitou o ex-primeiro-ministro António Costa pela eleição para presidente do Conselho Europeu, a partir de dezembro, afirmando esperar uma União Europeia (UE) “mais coesa e capaz de construir pontes”.

“O Conselho Europeu tem um novo presidente. Felicito António Costa em nome do Governo de Portugal”, escreveu o chefe de Governo numa publicação na rede social X.

“A Europa enfrenta grandes desafios e contaremos com todos para defender uma União Europeia mais coesa, capaz de construir pontes para que os Estados possam dar às pessoas as respostas de que elas precisam”, adiantou Luís Montenegro na mensagem.

ZAP // Lusa

8 Comments

  1. É oficial, torna-se agora definitivamente impossível para a Sr.ª Procuradora-Geral, Lucília Gago, e o Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, continuarem em funções devendo ambos demitirem-se ou ser demitidos dos cargos que ocupam, por terem provocado uma crise política para viabilizar uma situação concreta que está a trazer consequências muito graves para Portugal e os Portugueses.

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  2. Pois é… o gajo já conseguiu o que queria, ir para um cargo europeu. As pessoas muitas vezes põem as ambições pessoais à frente do patriotismo, pois se esta era a ambição, não se devia ter candidatado a 1º ministro. Isto tudo foi jogada com o apoio do amigo Marcelo, pois a ideia era arranjar gente sem qualificação para o governo, para dar a barraca que deu e a seguir o Marcelo dissolvia tudo e o Costa tinha a passadeira estendida para um cargo europeu. A verdade é estamos rodeados de gente INCOMPETENTE na classe politica da esquerda à direita e por este andar vamos ser o carro vassoura da europa.

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  3. Com vergonha do legado triste em Portugal, vai esconder-se agora na Bélgica. Ao ser designado, não eleito, é a confirmação de um fracasso. Aliás só lhe deram esta pasta por interesses recíprocos entre duas famílias políticas europeias.

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  4. Agora já nada importa! Pois estão em causa os políticos “amigos”.
    Despedir pessoas (não políticos, obviamente) que, sem qualquer responsabilidade objetiva estariam a criar “problemas” a um Governo, já pode ser, e, senhores jornalistas, é preciso omitir.
    Afinal os “crimes” são só para os outros.
    Para os políticos e, principalmente, para os políticos e mentirosos até lhes dá prémio. não é António Costa!?
    E, já agora, o que vai ser feito com a mentira que o Galamba e o Medina nos brindaram no caso da TAP?
    Quem vai pagar a indemnização à ex-CEO da TAP?
    R: – Os mesmos do costume, obviamente.

  5. O Figueiredo está completamente destroçado da tola. Está a defender o indiano que deixou o país de cangalhas e foi um dos muitos fugitivos do governo.

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  6. O “SISTEMA” a funcionar… quem não é do “sistema” é extrema-direita e não pode existir para não contrariar a “verdade absoluta”… Depois do Lulaladrão ser colocado na presidência e aceite pelos !líderes mundiais”, do “sistema”, já nada admira… está certo!
    Algum caso de corrupção de membros dos órgaos europeus teve consequências? Não, são todos muito “honestos”.

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