
Uma nova pesquisa descobriu uma associação entre comer ovos mais do que uma vez por semana e um risco menor de Alzheimer.
Um novo estudo publicado na The Journal of Nutrition descobriu uma associação entre os idosos que comem ovos mais do que uma vez por semana e uma menor probabilidade de desenvolverem demência associada a Alzheimer. O estudo aponta ainda a colina, um nutriente essencial encontrado nos ovos, como um potencial fator neste efeito protetor.
Os investigadores analisaram dados de 1024 participantes do Rush Memory and Aging Project, um estudo de longa duração com idosos na região de Chicago. No momento da inscrição, os participantes preencheram questionários dietéticos detalhados e estavam livres de demência. Foram acompanhados durante quase sete anos, passando por avaliações cognitivas anuais. Um subconjunto de 578 participantes também doou os seus cérebros para análise após a morte.
Os participantes foram agrupados por consumo de ovos: menos de uma vez por mês, uma a três vezes por mês, uma vez por semana e duas ou mais vezes por semana. Após ajustes para idade, escolaridade, genética e estilo de vida, os investigadores descobriram que aqueles que comiam ovos pelo menos uma vez por semana tinham aproximadamente metade do risco de desenvolver Alzheimer em comparação com aqueles que raramente os comiam. A associação manteve-se significativa mesmo após a consideração de outros fatores dietéticos, refere o Psy Post.
Análises cerebrais post-mortem corroboraram estas descobertas. Os indivíduos que consumiam ovos com maior frequência eram menos propensos a apresentar patologias cerebrais relacionadas com Alzheimer, incluindo placas e emaranhados.
A equipa também examinou a ingestão de colina como um possível mecanismo. A colina é essencial para a produção de acetilcolina, um neurotransmissor vital para a memória e para a manutenção da saúde das membranas celulares. Os ovos são a principal fonte de colina na dieta dos EUA. A análise de mediação revelou que a colina foi responsável por cerca de 40% da ligação entre o consumo de ovos e a redução do risco de Alzheimer.
Apesar destes resultados promissores, os autores alertam que o estudo foi observacional e não pode comprovar a causalidade. Mais investigação, incluindo ensaios clínicos aleatórios, é necessária para confirmar os resultados.
A confirmarem-se, estes resultados podem apoiar a incorporação de ovos em dietas destinadas a promover a saúde cerebral nos idosos.
Curioso os autores deste estudo receberem fundos da industria dos ovos. Conflitos de interesse directamente do estudo:
Funding
TCW and MC have received past research support from the Egg Nutrition Center. Funding for the Rush University qualifications of choline intake was provided through an unrestricted investigator-initiated grant from the Egg Nutrition Center to Think Healthy Group, LLC.
Claro que não significa que o estudo esteja errado só por causa disso mas onde estão os estudos não financiados pela industria dos ovos e que confirmem os resultados?