O candidato conservador Alejandro Giammattei venceu as presidenciais de domingo na Guatemala, ao derrotar a rival e antiga primeira-dama Sandra Torres, quando estão contadas mais de 90% das mesas de votação, foi esta segunda-feira anunciado.
Os resultados preliminares do Supremo Tribunal Eleitoral indicam que o candidato do partido Vamos obteve 59,1% dos votos, contra 40,9% para a candidata da Unidade Nacional da Esperança.
Mais de oito milhões de guatemaltecos foram chamados a votar no domingo para escolher o Presidente e o vice-Presidente que vão dirigir o país durante os próximos quatro anos, e suceder a Jimmy Morales. A tomada de posse vai decorrer a 14 de janeiro próximo.
Com 93% das mesas (19.616 num total de 21.009) a seu favor, Giammattei venceu a eleição, com Guillermo Castillo na vice-Presidência do país. A maior parte dos votos contados, mais de três milhões (94,5%), era válido, contra 4,4% nulos (114.696) e 1% brancos (33.490).
Nas segundas voltas eleitorais, a participação tem registado sempre, ao longo dos últimos anos no país, uma descida, o que levou as autoridades a repetir apelos ao voto ao longo da jornada eleitoral, que decorreu com tranquilidade.
Em abril, as autoridades norte-americanas detiveram o candidato presidencial da Guatemala Mario Estrada Orellana, acusado por um tribunal federal de Nova Iorque de conspirar para importar cocaína.
Estrada Orellana, do partido Unión del Cambio Nacional (UCN, de direita), foi detido em Miami e também foi acusado, juntamente com um amigo, de conspirar sobre o uso e porte de armas automáticas. Se condenados, ambos enfrentam uma pena entre os 10 anos de cadeia e a prisão perpétua, de acordo com um comunicado da Procuradoria de Manhattan.
Desde dezembro de 2018, a Agência de Combate às Drogas norte-americana e a Procuradoria-Geral em Manhattan têm investigado a recolha de fundos em cartéis de drogas para apoiar a campanha presidencial de Estrada Orellana.
Estas eleições foram as nonas da era democrática que começou na Guatemala em 1986, com a chegada ao poder do democrata-cristão Vinicio Cerezo, após várias décadas de regimes militares.
Desde então, sete civis estiveram no poder. Em 2012, o general reformado Otto Pérez Molina assumiu a presidência. Demitiu-se em 2015 após ter sido denunciado por corrupção e está atualmente detido juntamente com a vice-presidente, Roxana Baldetti.
ZAP // Lusa