Combate aos incêndios: 50 milhões ficaram por gastar

PAULO CUNHA/LUSA

Um avião Canadair faz descarga durante o combate ao incêndio na freguesia de Préstimo, Águeda.

Quantia corresponde a quase 10% do dinheiro dedicado à prevenção e combate de incêndios. Orçamento projetava aumento de 17% na despesa, mas a execução está atrasada.

O Governo não executou cerca de 50 milhões de euros do orçamento destinado à prevenção e combate a incêndios em 2023, o que se traduz em quase 10% dos 580 milhões previstos para o ano.

O Sistema de Gestão Integrada de Incêndios Rurais (SGIFR) e as transferências para associações de bombeiros voluntários, que fazem parte do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), foram algumas das áreas onde se aplicaram os fundos, segundo o Jornal de Negócios. No orçamento da Defesa, que inclui os meios aéreos de combate, foram gastos 73,5 milhões de euros.

Para 2024, o Orçamento do Estado (OE) projeta um aumento de 17% na despesa com prevenção e combate aos incêndios, atingindo um total de 618,5 milhões de euros. O aumento inclui investimentos em meios aéreos, que somam 168 milhões de euros, divididos ao longo de vários anos, e outros 19 milhões destinados a medidas de prevenção e combate. Apenas 21 milhões de euros desses montantes estão previstos para serem executados em 2024, incluindo verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Mas a execução dos investimentos do PRR na área da prevenção e combate a incêndios está atrasada, o que coloca em risco a conclusão dos projetos até 2025, conforme estipulado.

Apesar do aumento da despesa em 2023 em comparação com 2022, que subiu de 453,3 milhões para 529 milhões de euros, o Governo anterior não conseguiu executar todo o orçamento disponível, numa altura em que os incêndios lavram há vários dias várias regiões, especialmente no Norte e Centro do país.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.