Liverpool, Manchester United, Manchester City, Arsenal, Chelsea e Tottenham ameaçaram abandonar a Premier League caso o projeto “Big Picture” não fosse aprovado.
Os seis maiores clubes ingleses – Liverpool, Manchester United, Manchester City, Arsenal, Chelsea e Tottenham – ameaçaram abandonar a Premier League caso o projeto “Big Picture” não fosse aprovado. A informação foi revelada pelo presidente da federação inglesa (FA), Greg Clarke, citado pelo Record.
Liverpool e Manchester United lideram o projeto “Big Picture”, que tem como intenção reduzir a Premier League de 20 para 18 equipas, alterar o formato de eliminatórias da Taça da Liga e acabar com a Supertaça.
Os dois emblemas britânicos pretendem ainda pagar 260 milhões de euros numa espécie de resgate aos 72 clubes da EFL, as três divisões abaixo do Championship. O objetivo é ajudar estes clubes a resolver os problemas causados pela pandemia de covid-19.
Liverpool e United propõem ainda a promoção de um jogo de subida/descida entre o 16.º classificado da Premier League e o 3.º classificado do Championship, em vez do atual playoff.
Greg Clarke esteve presente em várias reuniões onde o projeto foi discutido, embora tenha abandonado o processo no final da primavera.
“O principal objetivo das discussões passou a ser a concentração de poder e riqueza nas mãos de alguns clubes, chegando a ser lançada a ameaça da criação de outra liga. Aconselhei a que existisse uma abordagem mais consensual e que envolvesse todos os clubes da Premier”, contou Greg Clarke.
A associação de adeptos do Manchester United já veio a público opor-se ao projeto, tal como tinham feito as congéneres de Chelsea, Manchester City, Arsenal, Tottenham e Liverpool, escreve ainda o Record.
O presidente da English Football League (EFL) mostrou-se recetivo à ideia, ao contrário da Premier League.
“O futebol inglês é o mais visto do mundo e tem um sistema de ligas competitivas, dinâmicas e vibrantes que interessam a todos. Para manter isto temos de trabalhar todos juntos. Do ponto de vista da Premier League, estas propostas poderiam ter um impacto negativo no futebol e é dececionante que Ricky Parry, presidente da EFL, tenha dado o seu apoio”, disse a liga inglesa em comunicado.