O plástico é um dos maiores problemas que enfrentamos hoje em dia, representando uma grande ameaça para as espécies marinhas. O uso de materiais orgânicos, combinado com melhores técnicas de reciclagem, pode ser a solução.
O copo de café descartável é um dos inúmeros exemplos de objetos que nos passam pelas mãos no nosso dia-a-dia que consideramos inofensivos… mas na realidade, não o são. A camada de polietileno usada para tornar este tipo de copos impermeáveis, impede o reaproveitamento na hora de reciclar.
A startup Biome Bioplastics está a tentar mudar esse paradigma. Para isso, conta a BBC, desenvolveu um copo de café verdadeiramente reciclável, feito de fécula de batata. O plástico feito a partir da planta, chamado bioplástico, é completamente biodegradável.
Paul Mines, responsável da empresa, acredita que esta é a primeira vez que o bioplástico está a ser usado em embalagens descartáveis, completamente recicláveis e destinadas a líquidos quentes.
“Muitas pessoas compram copos descartáveis boa fé, achando que podem ser reciclados”, diz Mines, “mas a maior parte das embalagens descartáveis são feitas de papelão colado com plástico, o que faz com que não sejam adequados à reciclagem. E algumas são feitas de isopor, que também não pode ser reciclado.”
Todos os anos, são despejadas oito milhões de toneladas de plástico, e estima-se que em 2050 teremos mais plástico do que peixes nos mares – plásticos difíceis de eliminar do nosso quotidiano, que não são recicláveis.
A quantidade de plástico que flutua nos nossos oceanos é assustadora. Alguns plásticos depositados no mar podem demorar até cerca de mil anos para se decomporem por completo. Além disso, pedaços pequenos de plástico acabam por ser engolidos por animais.
É por estes motivos que o plástico é uma ameaça cada vez mais crescente e a comunidade científica está empenhada em lutar contra este problema, que põe em risco a saúde dos animais marinhos.
Na Califórnia, nos EUA, a start up BioCollection transforma esses plásticos não recicláveis em químicos que podem ser posteriormente utilizados como matéria prima de vários produtos, como casacos de esqui ou peças automóveis.
“Identificamos um catalisador que corta as cadeias de polímero em pequenas cadeias. Uma vez que o polímero se divide em pedaços, o oxigénio do ar junta-se à cadeia e forma ácidos orgânicos que podem ser purificados e usados em diversos produtos”, explica Miranda Wang, uma das fundadoras da start up.
Wang e a colega bactéria que come o plástico dos oceanos e o transforma em água. A estimativa é que cada litro de solução com bactérias possa remover nove gramas de plástico das águas.
lançaram a start up em 2016, na altura ainda estudantes em Vancouver, no Canadá, que pretendia criar umaZAP // BBC