“Chuvas de lama” podem afetar o país. DGS alerta para fraca qualidade do ar

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Uma massa de ar do norte de África está a provocar uma fraca qualidade do ar no continente. Os aguaceiros, associados à poeira, podem-se traduzir em “chuvas de lama”.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou, esta segunda-feira, para um forte aumento de poeiras vindas do norte de África em Portugal, que podem causar uma “chuva de lama”.

De acordo com a TVI, o aumento significativo da concentração de poeiras nos céus de Portugal vai começar por afetar o sul, mas acabará por se estender a todo o território.

“A presença de poeiras na atmosfera durante o fim de semana, vindas do norte de África, fez-se de forma mais visível na zona sul do território continental. Também os cidadãos da zona centro que olhassem para o céu virados para sul, terão visto à distância o céu de uma cor acinzentada”, avança o IPMA, que alerta para a permanência da situação.

Na terça-feira, as concentrações de poeira vão continuar muito elevadas. Na quarta-feira, é expectável que comecem a diminuir.

O céu deverá apresentar uma tonalidade acizentada e a luz solar vai também ser afetada, sendo esperado um efeito de filtração constante, mesmo quando houver menos nebulosidade.

“Estas poeiras estão a chegar a Portugal Continental através da circulação induzida por uma depressão em altitude que afetou o território do arquipélago da Madeira e que se encontra em deslocação na direção do Continente”, explica o IPMA.

Depois de alertar para uma massa de ar do Norte de África, que está a provocar uma “fraca qualidade do ar no continente”, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou cuidados redobrados para a população mais sensível, como crianças e idosos.

“Está a ocorrer uma situação de fraca qualidade do ar no continente, prevendo-se que a mesma se mantenha hoje e terça-feira”, um fenómeno que se deve à “intrusão de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África”, explicou.

As partículas inaláveis têm “efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, nomeadamente nas crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações”, referiu, em comunicado, a DGS.

É, por isso, recomendado que a população em geral reduza os esforços prolongados, limite a atividade física ao ar livre e evite a exposição a fatores de risco, como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.

“Os grupos de cidadãos, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem permanecer no interior dos edifícios e, se viável, com as janelas fechadas”, avisou a DGS.

Além das crianças e idosos, a DGS aponta como vulneráveis pessoas com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma, e doentes do foro cardiovascular. Em caso de agravamento de sintomas, devem contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.

Liliana Malainho, ZAP //

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7 Comments

    • Caro leitor,
      Obrigado pelo seu reparo.
      O Acordo Ortográfico de 1990 afetou o verbo afetar, cuja grafia é desde então sem “c”.
      Em contrapartida, não afetou as aftas, que continuam sem “e” 🙂

  1. É verdade, não leva “e”, no entanto esse acordo ainda não está ratificado pelos palop, e ainda não há certeza que seja, nem que fique.
    Claro que escrever com o acordo, também responsabiliza o escritor, e há poucos jornais, tvs, blogues, que saibam escrever, vocês fazem ideia das regras? Da pontuação, da escrita…?

    • Caro leitor,
      Está a incorrer num equívoco. O AO, esteja ou não ratificado nos PALOP, está em vigor em Portugal, e não está em causa a sua não aplicação nem previsto o seu fim ou reversão.
      Quanto à pontuação, que não foi afetada pelo AO, sim, concordamos que é muito importante saber aplicá-la.

      • Obediência cega, nem que seja a uma abominação em se escreve diferente do que se pronuncia (foneticamente, mas que interessa isso!?), se abole consoantes que muitos de nós pronunciam (sim, até fora de Portugal!).
        Obediência cega a uma coisa posta a “funcionar” pelo mais exemplar dos exemplos de cidadão português, deveras um modelo a seguir.
        É uma experiência social, com vista a testar o nível de submissão. Por isso estamos sozinhos a aturar algo feito em nome de um coleCtivo que se está a lixar para o dito.
        É uma experiência, e nós somos (uma vez mais) as cobaias.

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