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Revolução na Cepsa: nova cor e novo nome, quase um século depois

Gasolineira transformar-se-á em Moeve numa inovadora aposta nas energias sustentáveis que arranca já em novembro. “O mundo precisa de outro tipo de soluções energéticas”, explica CEO.

A histórica petrolífera espanhola Cepsa prepara-se para adotar um novo nome e uma imagem refrescadapara assinalar a sua transição dos combustíveis fósseis para as energias sustentáveis.

Do vermelho para os tons de azul, a Moeve é a nova marca que vai aparecer em todas as 1.800 estações de serviço distribuídas entre Espanha e Portugal.

A implementação da nova imagem será progressiva, mas começa já em novembro e a empresa prevê uma média de 600 postos alterados anualmente até à conclusão.

“Hoje é um dia histórico em que comunicamos a mudança de uma grande marca, a Cepsa, que está connosco há mais de 90 anos, para dizer ao mundo que nos estamos a transformar num outro tipo de organização, a Moeve, na qual a maior parte do seu lucro provirá de atividades sustentáveis no final desta década”, disse o CEO da Moeve, Maarten Wetselaar, em comunicado citado pela Reuters.

Para concretizar esta transição, a ex-Cepsa planeia investir até oito mil milhões de euros em iniciativas de descarbonização, com 60% deste valor destinado a projetos de energia limpa. Entre as áreas de foco, estão a produção de hidrogénio verde, biocombustíveis de segunda geração e químicos sustentáveis, além da expansão da rede de carregamento elétrico ultrarrápido.

“Nascemos com a sigla Compañía Española de Petróleos SA em 1929 para construir a primeira refinaria em Espanha e liderar a primeira transição energética, e durante quase um século a Cepsa desempenhou um papel decisivo como
motor do progresso e do crescimento económico em Espanha. Hoje, porém, o mundo precisa de outro tipo de soluções energéticas mais sustentáveis“, disse o CEO.

Vale de hidrogénio verde e aposta no SAF e biometano

Atualmente, a Moeve está a desenvolver um vale de hidrogénio verde na Andaluzia, com capacidade de 2.000 MW até 2030, e lançou o primeiro corredor marítimo de exportação de hidrogénio verde entre os portos de Algeciras e Huelva e Roterdão, nos Países Baixos.

No campo dos biocombustíveis, a empresa está a construir um complexo em Huelva com capacidade anual para produzir um milhão de toneladas de SAF (combustível sustentável de aviação) e diesel renovável, já comercializados nos principais aeroportos e portos espanhóis.

A empresa também aposta na produção de biometano, com cerca de 30 centrais em desenvolvimento em Espanha, além de projetos de valorização de resíduos.

Na mobilidade elétrica, a rede Moeve já conta com 160 pontos de carregamento ultrarrápido, e estima-se que, até ao final do ano, atinja os 400, visando a liderança ibérica neste setor.

Além das energias limpas, a Moeve investe em produtos químicos sustentáveis, produzindo LAB para detergentes biodegradáveis e fenol com matérias-primas renováveis, além de construir uma fábrica de álcool isopropílico em Huelva, a primeira em Espanha a usar hidrogénio verde.

ZAP //

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