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Centeno é candidato (e o favorito do Financial Times)

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno

Segundo a Financial Times, Mário Centeno é o favorito na corrida à liderança do Eurogrupo. O ministro das Finanças vai mesmo avançar com a candidatura ao cargo, com o prazo a esgotar-se esta quinta-feira às 11 horas.

O Financial Times assegura que o ministro das Finanças português é o favorito para o título no artigo “Ronaldo para o Eurogrupo”. O jornal económico garante que o português tem tudo para vencer e conseguir o apoio da ala liberal do Parlamento europeu.

A dúvida dos apoios terá estado sempre, diz o jornal, entre o ministro das Finanças italiano, Pier Carlo Padoan, e o português, os dois de centro-esquerda. Para desfazer dúvidas, Macron e Merkel ter-se-ão encontrado na quarta-feira à margem da da conferência da União Europeia que decorre em Abidjan para decidir qual das candidaturas iriam apoiar.

O Expresso, que cita o FT, garante que, dessa conversa, saiu como favorito Mário Centeno, uma vez que o candidato italiano irá a eleições já na próxima Primavera, em maio.

A vitória, no entanto, ainda não é garantida, se tiver em conta a possibilidade de Peter Kazimir, ministro das Finanças da Eslováquia, entrar na corrida, balançando a tendência de voto do centro-esquerda.

“Caso fique com o cargo, a nomeação de Centeno suplantaria a reabilitação de Portugal de nação resgatada para aluno exemplar da zona euro. O economista educado em Harvard supervisionou a recuperação do rating de investimento português e ajudou o país a baixar o seu défice para o valor mais baixo desde a entrada no euro”, escreve o FT.

Quem também deverá entrar na corrida é Dana Ozola, a ministra das Finanças da Letónia. Falta saber se o ministro luxamburguês, Pierre Gramagna, também interessado no cargo irá avançar.

O prazo para a entrega das candidaturas à presidência do Eurogrupo termina às 11 horas desta quinta-feira. Mas, antes disso, o Expresso já dá como certa a candidatura do ministro.

Amanhã, dia 1 de dezembro, Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo ainda em funções, tornará “públicos os nomes dos candidatos” à sua sucessão.

O Eurogrupo prepara-se para eleger o terceiro presidente da sua história, marcada pelas críticas à falta de transparência de um órgão que é supostamente um fórum informal, mas onde foram tomadas muitas das decisões mais importantes durante a crise económica e financeira.

Na próxima reunião, na segunda-feira, em Bruxelas, será eleito o sucessor do holandês Jeroen Dijsselbloem, que em janeiro de 2013 sucedeu àquele que foi o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro, o agora presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que quando assumiu funções (2005) era primeiro-ministro e ministro das Finanças do Luxemburgo.

ZAP //

11 Comments

  1. Mais um que vai fazer asneiras com grande impacto na Europa. É por estas e por outras que a Europa está como está.
    Deveria chegar ao fim do seu mandato para se confirmar a trampa em que nos anda a meter. Este só previligia os funcionários publicos. Os outros trabalham para pagar impostos para manter toda esta malandragem. A ver vamos. A Europa deveria levar para lá esta incompetencia toda (deste e dos governos anteriores), mas era para trabalhar na terras.

    Ide Bugiar.

  2. Bem o outro… o ex. do banco de portugal… o vitó… também já tem um tacho na europa. E por cá foi um belo exemplo do que… não se deve fazer

  3. Se o Gaspar (que não acertou uma) foi para o FMI, o Durão foi para a Goldman Sucks, o Constâncio foi para o BCE, etc, etc; não sei se será boa ideia o Centeno ir para o Eurogrupo!…
    Ainda por cima para substituir o cromo holandês que, além de palerma, era mestre sem mestrado!…
    E, pela Europa fora, não faltam casos semelhantes de políticos “competentíssimos”…
    A Lagarde, com o “excelente” currículo como ministra das finanças de França, até chegou ao topo do FMI…

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