Ao cabo de 75 anos, foram encontrados os corpos de um casal suíço que estava desaparecido desde 1942. O recuo de um glaciar nos Alpes suíços revelou os restos mortais de Marcelin e Francine Dumoulin.
Foi um trabalhador da empresa Glacier 3000, que está em obras no glaciar Tsanfleuron, nos Alpes suíços, que encontrou os corpos do casal, próximo de uma estância de esqui, a cerca de 2600 metros de altitude.
“Os corpos estavam deitados perto um do outro. Eram um homem e uma mulher a usarem roupas datadas do período da II Guerra Mundial” refere o presidente da Glacier 3000, Bernhard Tschannen, em declarações reproduzidas pela BBC.
Tschannen destaca ainda que o casal deve ter caído numa fenda, revelando que o seu trabalhador encontrou também mochilas, recipientes de lata, um frasco de vidro e sapatos na zona.
Os cadáveres estavam preservados pelo gelo e tinham os documentos de identificação, mas, mesmo assim, as autoridades vão realizar testes de ADN para confirmar a identidade do casal.
Marcelin Dumoulin, um sapateiro de 40 anos, e Francine Dumoulin, uma professora de 37 anos, eram pais de sete crianças e desapareceram quando foram ordenhar as vacas num prado nos Alpes suíços, em 1942.
Depois do trágico desaparecimento, os filhos acabaram por ser separados e distribuídos por famílias diferentes. A filha mais velha do casal, de 79 anos, conta que os irmãos perderam o contacto e que alguns deles são agora, “estranhos”.
A mim não me parece um frasco de vidro. A mim parece me mesmo uma garrafa e não me parece ser de água.