No passado domingo, quem passou junto ao rio Tamisa, em Londres, não deverá ter ficado indiferente à típica casa dos subúrbios ingleses que se afundava perto da Tower Bridge.
Felizmente, de acordo com a agência Reuters, não era uma casa a sério, mas sim uma estrutura flutuante criada pelo movimento Extinction Rebellion para apelar aos políticos para que tomem uma atitude quanto à crise climática.
O protesto visava também as cheias que ocorreram, na semana passada, no norte e no centro de Inglaterra, e que, para além dos imensos estragos, provocaram uma morte.
“Estamos a ver, em tempo real, as vidas das pessoas a serem destruídas à volta do mundo e no Reino Unido. Enquanto não forem tomadas medidas para travar a perda de biodiversidade e reduzir as emissões de carbono para zero, estas tragédias vão continuar a acontecer”, afirma o movimento num comunicado.
Em outubro, recorda a agência, um estudo mostrou que 300 milhões de habitantes das zonas costeiras estão em risco devido à subida do nível do mar até 2050, apontando a Ásia como a região mais vulnerável.
O mesmo estudo mostra que uma grande parte de Londres e zonas costeiras da Grã-Bretanha estão entre as principais áreas de risco. “Apesar de o nosso Governo estar em negação, isto é um desastre nacional que se aproxima cada vez mais da capital”, apontam os ativistas na mesma nota.
“Infelizmente, as alterações climáticas são algo que nos afeta a todos. Queremos aumentar a consciencialização sobre a gravidade do desastre iminente causado pelo homem. Precisamos de ações urgentes para enfrentar a Emergência Climática e a devastação do nosso belo e precioso mundo natural, que está a ser dizimado a um ritmo trágico e sem precedentes. Imploramos ao Governo que aja de forma responsável e continuaremos a fazer as nossas vozes serem ouvidas até que tomem uma atitude”, declara a dupla Katey Burak e Rob Higgs, responsáveis pela construção da The Sinking House.
Se afundassem Londres não dava mais nas vistas?