Cão robô com um lança-chamas consegue localizar ervas na sua quinta (e impedir que cresçam)

Um cão robô armado com um lança-chamas pode localizar ervas daninhas em quintas e aquecê-las com precisão para impedir que elas cresçam.

O cão pode ser utilizado para travar o crescimento das ervas daninhas nas explorações agrícolas, substituindo potencialmente os herbicidas nocivos.

Segundo a New Scientist, os herbicidas altamente específicos podem causar problemas ambientais, afetando a vida selvagem local, e algumas das ervas daninhas mais resistentes estão a desenvolver rapidamente resistência aos herbicidas mais comuns, como o glifosato.

Num novo estudo, publicado no arXiv, os investigadores desenvolveram um sistema de controlo de ervas daninhas que utiliza um pequena explosão de calor de um lança-chamas alimentado a propano, controlado por um braço robótico, ligado a um robô Spot fabricado pela Boston Dynamics.

Em vez de queimar as ervas, o robô foi criado para identificar e aquecer o centro da planta, o que pode impedir o seu crescimento durante várias semanas.

“As ervas daninhas não morrem, apenas é suprimido o seu crescimento, o que dá à cultura a oportunidade de lutar contra as mesmas”, explica o autor principal do estudo, Dezhen Song.

A equipa de cientistas começou por testar o bocal de chama para se certificarem que conseguiriam atingir com precisão o centro das ervas. Seguidamente, colocou o robô num campo de algodão plantado com ervas daninhas nativas do Texas.

Em cinco ensaios, os cientistas descobriram que o cão robô conseguia localizar e queimar as ervas daninhas com uma média de 95% da chama focada nela.

“As pessoas têm utilizado algumas formas de chamas bastante amplas e imprecisas para matar as ervas daninhas noutras máquinas. Isso já existe há algum tempo, mas nunca vi nada com tanta precisão como esta”, conclui o professor, Simon Pearson.

Em contrapartida, a grande limitação do mesmo é a duração da sua bateria, que só pode funcionar durante cerca de 40 minutos antes de precisar de ser carregada.

A equipa espera equipar o cão robô com um dispositivo de eletrocussão capaz de fornecer mais de 10.000 volts, o que impedirá o crescimento das ervas daninhas durante mais tempo.

Soraia Ferreira, ZAP //

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