Os cachorros-quentes são a grande moda do verão — não para comer, mas na roupa

Desde estampados em malas ou tapetes e brincos em forma de cachorro-quente, o famoso petisco de rua é uma das tendências virais deste verão no mundo da moda.

Aquilo que outrora foi apenas um petisco prático e rápido está a transformar-se, em 2025, num fenómeno de moda e cultura pop. O conhecido cachorro-quente está a afirmar-se como a estampa de eleição nas roupas este verão.

O ressurgimento do “glizzy”, como é carinhosamente chamado nas redes sociais, começou com pequenos sinais: brindes de aniversário com forma de cachorro-quente, tostadeiras especializadas para preparar salsichas e uma tendência viral no TikTok que encoraja os utilizadores a imitar os pregões dos vendedores de rua.

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Paralelamente, começaram também a surgir ofertas de versões gourmet, como cachorros de wagyu por 19 dólares em São Francisco e exemplares com caviar por 39 dólares em Manhatta, refere a Business Insider.

Mas este ano, a tendência saltou do prato para o mundo da moda. Usar — e não apenas comer — cachorros-quentes é agora um verdadeiro statement de estilo. Desde brincos e bonés, passando por malas ou objetos de decoração, o cachorro-quente está por todo o lado.

Nos Estados Unidos, a Urban Outfitters vende velas, tapetes e até jarras com o formato da iguaria, enquanto marcas como Lisa Says Gah apostam em acessórios inspirados no clássico snack.

A marca de culto Staud, adorada por celebridades como as modelos Bella Hadid e Kendall Jenner, lançou uma mala exclusiva com missangas em forma de cachorro-quente, decorada com fios de ketchup e mostarda.

A mala, que custava 295 dólares, esgotou rapidamente — mesmo entre utilizadoras que admitem nem sequer gostar do petisco.

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Para a geração Z, essa leveza é essencial. Fanny Chow, especialista em tendências na WGSN, explica que o cachorro-quente representa uma “micro alegria”, ou “glimmer” — um símbolo acessível de conforto e nostalgia. Em tempos marcados por ansiedade climática, instabilidade económica e crises sucessivas, são estes pequenos elementos que ajudam a escapar da realidade tenebrosa e trazem humor ao dia a dia.

Segundo a estilista Hailey Genevieve, o apelo está na leveza e irreverência da imagem. “O look da ‘rapariga cool’ é não se importar. Toda a gente quer divertir-se com a moda — e isso, por vezes, significa andar com um cachorro-quente na carteira”, refere.

A ubiquidade do petisco também ajuda a explicar a popularidade da moda. “Toda a gente tem uma história com um cachorro-quente”, remata Genevieve.

ZAP //

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