Comissão Europeia avança com embargo total ao petróleo russo

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Johanna Geron / EPA Pool

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

Presidente da Comissão Europeia ressalvou que haverá um regime de exceção para os países mais dependentes do petróleo russo.

Após semanas de discussão entre as instâncias centrais europeias e os Estados-membros, a Comissão Europeia apresentou esta manhã um novo pacote de sanções contra a Rússia que inclui a proibição total das importações de petróleo, seja ele marítimo e oleoduto, bruto e refinado. O anúncio foi feito esta manhã por Ursula von der Leyen, que especificou que o embargo será implementado de “forma progressiva e ordenada”, de modo a que os países e os seus parceiros europeus possam “assegurar rotas de abastecimento alternativas” e “minimizar o impacto nos mercados globais”.

“Iremos eliminar gradualmente o fornecimento russo de petróleo bruto no prazo de seis meses, e de produtos refinados até ao final do ano. Assim, maximizamos a pressão sobre a Rússia, ao mesmo tempo que minimizamos os danos colaterais para nós e para os nossos parceiros em todo o mundo”, disse a presidente da Comissão.

A responsável foi a própria a admitir que a medida terá um enorme impacto, mas a sua implementação está repleta de desafios, sobretudo para os países que apresentam níveis de dependência mais elevados. “Sejamos claros: não será fácil. Alguns países estão fortemente dependentes do abastecimento russo”, reconheceu. Este será o caso da Eslováquia e da Hungria. É, por isso, expectável que estes países beneficiem de um regime de exceção, que Von der Leyen classificou como um “tolerância”.

“Com estes passos, estamos a privar a economia russa da sua capacidade para se diversificar e modernizar”, afirmou a presidente da Comissão Europeia. Para além desta medida, Ursula von der Leyen anunciou ainda a exclusão do maior banco comercial da Rússia, o Sberbank, do sistema internacional de pagamento SWIFT, assim como outras duas instituições bancárias do país. De acordo com a responsável, estes bancos são “sistematicamente críticos para o sistema financeiro russo”.

Outra das medidas tem que ver com a proibição da difusão de três emissoras estatais russas de rádio e televisão que a Comissão categoriza como agentes de difusão de propaganda do Kremlin e desinformação. “Deixará de lhes ser permitido distribuir o seu conteúdo na União Europeia, sob qualquer forma ou formato, seja por cabo, via satélite, Internet ou através de aplicações para smartphones“.

A Comissão Europeia também fez saber que vai acrescentar à lista de indivíduos e entidades sujeitos ao congelamento de bens e entrada na União Europeia os nomes de “oficiais militares de alta patente e outros indivíduos que cometeram crimes de guerra em Bucha e são responsáveis pelo desumano cerco à cidade de Mariupol”.

Ursula von der Leyen acrescentou ainda que a Comissão Europeia está apostada na recuperação e reconstrução da Ucrânia assim que o conflito termine. “A escala de destruição é impressionante. Hospitais e escolas, casas, estradas, pontes, caminhos-de-ferro, teatros e fábricas — tudo tem de ser reconstruído”.

ZAP //

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1 Comment

  1. Esta senhora é uma assassina pois matou milhares de pessoas com as vacinas Pfizer empresa de que o seu marido é o chefe.
    Que raio de sanções à Rússia são estas em que o euro apenas em 2022 já perdeu mais de 13% em relação ao rublo e também em relação ao dollar ? Aliás o euro perde para todas as principais moedas enquanto curiosamente o dollar ganha a todas. O valor dos 13% que o rublo ganha ao euro é superior ao valor dos prejuízos causados pelas sanções. Acordem portugueses, as sanções não são contra a economia russa mas sim contra a economia europeia. É a agenda 2030 a todo o vapor. O caminho do colapso da nossa moeda para a criação de uma nova moeda digital está mais perto do que muitos imaginam.
    Dizem que metem sanções à Rússia mas quem se prejudica mais é a Europa, já repararam? É isso que tem estado a acontecer com o custo de vida das pessoas a aumentar como não se via há muitos anos. No entanto os grandes oligarcas do mundo enriquecem cada vez mais como por exemplo a Repsol a duplicar os lucros logo no primeiro trimestre do ano.

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