A ONU denunciou que os ataques aéreos levados a cabo esta segunda-feira em hospitais e escolas sírias provocaram a morte de cerca de 50 civis.
Os bombardeamentos que esta segunda-feira atingiram “pelo menos” cinco hospitais e duas escolas em Alepo e Idlib, na Síria, “mataram cerca de 50 civis, incluindo crianças”, denunciou a ONU.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considera estes ataques como “violações flagrantes do direito internacional”, declarou o porta-voz adjunto das Nações Unidas, Farhan Haq.
Segundo o porta-voz, estes ataques – que atingiram um hospital apoiado pelos Médicos Sem Fronteiras – representam para o secretário-geral “uma sombra nos compromissos do Grupo de Apoio Internacional à Síria” no decurso da recente reunião em Munique, na Alemanha.
Os protagonistas do conflito sírio, incluindo a Rússia e Estados Unidos, concluíram a necessidade de estabelecer um cessar-fogo na Síria e acelerar o envio de ajuda humanitária.
“É necessário traduzir estes compromissos em atos”, afirmou o porta-voz Farhan Haq.
O responsável não atribuiu a responsabilidade dos disparos dos mísseis mas uma organização não governamental síria tinha considerado anteriormente que seriam “provavelmente russos”.
Por sua vez, os Médicos Sem Fronteiras anunciaram que pelo menos sete pessoas morreram e oito continuam desaparecidas.
Em comunicado, o diretor executivo da UNICEF, Anthony Lake, também se manifestou “consternado pelas informações sobre ataques aéreos contra quatro estabelecimentos médicos na Síria”, dois deles apoiados por esta agência da ONU.
Ainda segundo o comunicado, dois dos ataques ocorreram na cidade rebelde de Azaz e mais dois em Idlib, onde um hospital terá sido atingido quatro vezes.
No total, recorda a UNICEF, um terço dos hospitais e um quarto das escolas na Síria não podem funcionar devido aos estragos provocados pela guerra, que se prolonga desde 2011 e que, segundo diversas projeções, provocou entre 250.000 e 460.000 mortos.
ZAP / ABr
