Benfica assinou contrato de 1,3 milhões de euros com empresa que não existia

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O Benfica assinou um contrato de 1,3 milhões de euros com uma empresa que não existia, de acordo com documentos revelados pelo Football Leaks.

Com base em documentos do acervo Football Leaks, o Expresso revela esta sexta-feira que, a 1 de julho de 2016, o SL Benfica assinou um contrato de 1,3 milhões de euros com uma empresa que não existia.

Em causa está a Hightower Unipessoal, empresa que era apenas conhecida pelos dirigentes do Benfica e pelos donos da própria Hightower, já que na altura ainda não existia.

“O presente contrato tem o seu início em 1 de julho de 2016 e durará por 24 meses, cessando em 30 de junho de 2018″, pode ler-se no contrato entre a Benfica SAD e a Hightower. No entanto, a empresa apenas seria formalmente criada a 30 de agosto.

O contrato foi assinado com o objetivo de o Benfica “promover e aprofundar a sua imagem e os seus interesses comerciais para o mercado angolano e outros territórios africanos“. A Hightower deveria proporcionar “colaboração na promoção e intervenção”.

Mais precisamente, a empresa prestaria “serviços de consultadoria na área de representação e de promoção dos seus interesses e de relacionamento com entidades relevantes de natureza política, económica e social de Angola e dos demais países referenciados no preâmbulo”.

O pagamento de 1,3 milhões de euros mais IVA foi repartido em seis prestações mensais, entre julho e dezembro de 2016.

O Nuvi SGPS, um grupo empresarial português com cartas dadas no mercado angolano, era sócio da Hightower.

A relação com a Hightower é assumida pela Benfica SAD numa apresentação interna dos resultados consolidados do primeiro semestre do ano 2016/2017. Contudo, no relatório e contas do primeiro semestre divulgado publicamente já não há qualquer referência à empresa.

ZAP //

3 Comments

  1. Mais uma para a conta, já lhe perdemos o conto, mas a verdade é que de justiça, nada! Eu até entendo que o ministério da justiça ficaria bem situado na “catedral” e pôr o Benfica como motor da justiça no país.

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