Desde criança que Barbro Karlén pedia à família que lhe chamasse Anne, ainda antes de conhecer a história dos Frank. Um primo da jovem que escreveu o diário conheceu a escritora sueca e acreditou que esta a reencarnação de Anne.
A reencarnação é uma daquelas questões cuja crença varia muito dependendo do local no globo e das crenças religiosas. Mas a escritora Barbro Karlén não tem dúvidas de que é — e mais que isso, a sueca acredita que foi Anne Frank numa vida passada. E ainda mais estranho do que isso, um membro da família de Anne Frank também acreditava que Karlén era a reencarnação de Anne.
Nascida na Suécia em 1954, desde a infância que Barbro sentia que não encaixava na sua família e os seus pais desvalorizavam a sua insistência em que a chamassem de Anne, acreditando que era só uma mais uma fantasia típica das crianças.
A sueca começou a pensar se os seus pais eram verdadeiramente os seus pais e perguntava constantemente onde estava Margo, a irmã de Anne Frank. Quando Barbro nasceu, a história de Anne ainda era pouco conhecida e apesar de o diário já ter sido publicado, ainda não se tinha tornado o best-seller mundial que é hoje.
A família acreditava que Barbro ia ultrapassar esta obsessão quando crescesse, mas quando isso não aconteceu, decidiram levá-la a um psiquiatra — que não detetou nenhum problema mental, relata o All That’s Interesting.
Quando nos anos 60 Barbro estudou o Diário de Anne Frank na escola, tudo clicou. A jovem leu o livro e deu de caras com todas as semelhanças entre a vida de Anne e aquela que dizia ser a sua e até os gostos e fobias eram iguais — ambas queriam ser escritoras e gostavam de ler e ambas tinham medo de homens enfardados, não gostavam de tomar banho e não gostavam de cortar o cabelo.
Uns anos mais tarde, quando foi com a família a Amesterdão para visitar o anexo onde a família Frank se escondeu dos nazis, Barbro conseguiu encontrar a sua localização sem a ajuda de mapas ou de indicações, numa cidade que é notória por ser labiríntica e difícil de navegar para quem não vive lá. Foi neste momento que a família começou a acreditar na hipótese da reencarnação, já que a sueca nunca tinha ido à capital holandesa e não tinha forma de saber como chegar ao museu.
Já adulta, a sueca escreveu sobre a sua experiência de reencarnação num livro publicado em 2000 intitulado “E os lobos uivaram: Fragmentos de duas vidas”. As notícias sobre Barbro chegaram aos ouvidos de um primo de Anne Frank, Buddy Elias, que marcou um encontro com a escritora.
Elias era inicialmente muito cético sobre as crenças de Barbro e não lhe disse quem era quando a conheceu. No entanto, quando os dois se encontraram, disse ter sentido uma ligação imediata que acredita que só os familiares teriam. A partir daí e até à sua morte em 2015, Elias acreditou que Barbro era a reencarnação de Anne Frank.
Olá Zap, o nome da escritora está escrito de três formas diferentes Barbro, (Babro e Barbo) no ultimo paragrafo ao longo da notícia.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.