Para Assunção Cristas, o combate à recessão, que tem vindo a crescer em países europeus como Alemanha ou Espanha, tem de ser feito apostando na baixa fiscalidade.
Em entrevista à TVI na terça-feira, a líder do CDS disse que “a prioridade número um do CDS tem a ver com a baixa de impostos para as pessoas, mas também para as empresas”, numa aposta de aumentar a competitividade do país.
Apostar na baixa do IRC e do IRS não é um risco face à possível recessão económica que tem marcado a ordem do dia. “Trará mais receita, porque trará mais investimento e mais criação de postos de trabalho”, garante Cristas. No entanto, acrescenta a líder centrista, as propostas apresentadas são “prudentes.”
Para elaborar o seu programa eleitoral, o CDS baseou-se no cenário macro-económico apresentado pelo Governo do PS no Programa de Estabilidade e Crescimento que enviou para a Comissão Europeia, que prevê a existência de um excedente orçamental.
Cristas disse que quer usar esse 60% desse excedente para baixar os impostos, “uma redução de cerca de 15% no IRS para todas as pessoas, sem exceção. E também dizemos que os outros 40% do excedente orçamental devem ser utilizados para baixar a dívida”, explicou Cristas.
A líder do CDS pretende alcançar, no que diz respeito ao IRC, uma taxa “tão competitiva como o da Irlanda (12,5%)” nos próximos seis anos.
De acordo com a líder do partido, maior investimento – nomeadamente privado – significará maiores salários. O CDS acredita na possibilidade de um crescimento exponencial. “Não queremo salários médios de 1.100 euros. Queremos salários de 2.000 a 2.500 euros”, para que Portugal se possa tornar “um país competitivo”.
Ainda assim, o aumento de salários na função pública é uma estratégia que não está em cima da mesa e, tendo em conta a falta de fundo económico do estado, repor as 40 horas de trabalho semanal aos funcionários da tutela também não é uma opção viável.
Não é que não queira o que a senhora Cristas disse mas já agora onde vamos buscar a guita para pagar o que devemos?