Há uma atividade que reduz o risco de cancro, demência e doenças cardíacas

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A pesquisa descobriu que dar 9800 passos por dia está associado a um menor risco de cancro, demência e doenças cardiovascular. Ter uma passada mais rápida aumenta ainda mais estes benefícios.

Um novo estudo publicado na JAMA Neurology descobriu que a chave para se diminuir o risco de morte prematura, cancro, doenças cardíacas e demência é apenas dar 9800 passos todos os dias.

A pesquisa acompanhou 78 500 participantes que usaram dispositivos que contavam os seus passos. Para além do número de passos, ter uma passada mais rápida é ainda mais benéfico para a saúde.

O estudo concluiu que, a cada 2000 passos, o risco de morte prematura diminuiu entre 8% e 11% e que os valores são semelhantes em relação às doenças cardiovasculares e à incidência de cancro.

Em relação à demência, o risco cai 50% quando se completam os 9800 passos diários. Mesmo para quem só deu 3800 passos diários, o risco de demência já era 25% menor.

A pesquisa baseou-se em dados do Biobank do Reino Unido para comparar os resultados da contagem dos passos dos 78 500 participantes com idades entre 40 e 79 anos ao longo de sete anos. A amostra usou dispositivos que rastreavam a sua atividade física durante sete dias, incluindo quando estavam a dormir.

A informação recolhida neste período foi depois comparada com os dados clínicos dos participantes. Só os indivíduos que não tinham um historial de demência, cancro ou doença cardiovascular no início do estudo e que continuaram saudáveis nos primeiros dois anos é que foram avaliados no fim.

Os autores também fizeram ajustes estatísticos que tiveram em conta fatores que influenciam o resultado, como o facto de que quem dá mais passos geralmente anda mais rápido, relata o SciTech Daily.

O estudo descobriu uma forte correlação entre completar os 9800 passos e a redução no risco destes problemas de saúde, mas os autores lembram que ainda não há provas de que a relação seja causal. Para descobrirmos mais informação, os cientistas recomendam a realização de mais pesquisas.

“A contagem de passos é facilmente compreendida e amplamente utilizada pelo público para acompanhar os níveis de atividade graças à crescente popularidade dos contadores e aplicações de fitness, mas raramente as pessoas pensam no ritmo dos seus passos”, revela Emmanuel Stamatakis, professor de atividade física e autor principal do estudo.

“Os resultados destes estudos podem criar as primeiras diretrizes formais de atividade física baseadas em etapas e ajudar a desenvolver programas eficazes de saúde pública com o objetivo de prevenir doenças crónicas.”

ZAP //

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