Ataque a hospital militar em Cabul termina com mais de 30 mortos e 50 feridos

Jawad Jalali / EPA

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Mais de 30 pessoas morreram, a maioria civis, num ataque perpetrado esta quarta-feira por um comando islamita contra o principal hospital militar do Afeganistão, em Cabul, divulgou o Ministério da Defesa afegão.

O anterior balanço do ataque dava conta de três mortos e 66 feridos.

“Infelizmente, mais de 30 pessoas foram mortas e outras 50 ficaram feridas no ataque de hoje, a maioria dos quais eram doentes, médicos e enfermeiros”, referiu um porta-voz do Ministério da Defesa afegão, o general Dawlat Waziri, em declarações à agência noticiosa France Presse.

O representante precisou ainda que entre as vítimas mortais constam os quatro atacantes que conduziram o ataque.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o ataque, que foi realizado por quatro homens vestidos de médicos, que invadiram o hospital Sardar Muhamad Dawood Khan cerca das 09h05 locais (04h35 em Lisboa).

O ataque terminou após seis horas de tiroteio, segundo informaram responsáveis afegãos.

Um porta-voz do Ministério de Saúde Pública informou que os feridos do ataque foram transportados para o hospital civil Wazir Akbar Khan.

Em declarações à agência EFE, o general Dawlat Waziri explicou que um dos atacantes detonou os explosivos que trazia consigo, morrendo, enquanto os outros três entraram nas instalações da unidade militar hospitalar, no centro de Cabul, armados com espingardas e granadas.

Um foi rapidamente morto pelas forças de segurança afegãs e os dois restantes estiveram entrincheirados no sexto e sétimo andares do edifício.

Waziri disse ainda que as forças afegãs realizaram “a operação de modo muito cuidadoso para não ferir os doentes”.

O Sardar Muhamad Dawood Khan é um estabelecimento de saúde com capacidade para 400 camas para o pessoal das forças de segurança afegãs e familiares.

O grupo extremista sunita EI é encarado cada vez mais como uma ameaça no Afeganistão, onde tem feito incursões e desafiado os rebeldes talibãs no seu próprio território.

// Lusa

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