Assim fica difícil: 21 jogadores do Bordéus ausentes (jogo não foi adiado)

“Quantos casos positivos devemos considerar para que a justiça desportiva fique ameaçada?”, questiona o clube. Jogo com o Brest continua no calendário.

O Bordéus tem jogo marcado para o próximo domingo (12h45), na casa do Brest, relativo aos 16-avos-de-final da Taça de França. Mas tem pedido para esse encontro ser adiado, embora esteja difícil.

O clube publicou nesta quinta-feira um comunicado e deixou a justificação para o pedido de adiamento: faltam três dias para o jogo e há…21 jogadores indisponíveis por causa da COVID-19. E 16 deles em isolamento.

Mesmo assim, e segundo a versão do clube, a Federação Francesa de Futebol quer manter “a todo o custo” o calendário: “Quais são as verdadeiras razões para isto acontecer? Sobretudo porque vão estar em campo duas equipas que não disputam competições europeias…”.

Quantos casos positivos devemos considerar para que a justiça desportiva fique ameaçada? Enquanto o Top 14 (râguebi) acaba de aprimorar o seu protocolo de saúde, porque a Federação Francesa de Futebol não mostra mais flexibilidade neste assunto específico?”, pergunta o comunicado.

E mais questões: “Como se explica o facto de que os testes PCR não são obrigatórios para os jogos da Taça de França? Mais uma vez: podemos falar de justiça desportiva quando determinados clubes que participam na mesma competição não realizam um teste? Podemos ficar satisfeitos com esta imagem da Taça de França quando um clube profissional viaja para um jogo só com jogadores da equipa de reserva?”.

“Até onde vai o ridículo?”, ataca o clube, que já conversou com a federação sobre este assunto, mas até agora não teve respostas: “Nesta fase da pandemia, não podemos correr mais riscos e devemos proteger a saúde de todos tanto quanto possível”.

O Bordéus, que na Ligue 1 está em situação complicada (17.º lugar), tem no plantel dois ex-Boavista (Ricardo Mangas e Alberth Elis) um antigo jogador do Nacional, Edson Mexer, e um ex-Sporting de Braga, Fransérgio.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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