Arqueólogos da UC investigam sítio no Curdistão habitado em momentos chave da nossa História

Cortesia / UC

Vista para os níveis da Idade do Bronze em Kani Shaie

Os investigadores têm vindo a conduzir várias escavações no sítio arqueológico de Kani Shaie, um lugar habitado em momentos-chave da história da Humanidade.

São novas descobertas no Curdistão iraquiano, novamente realizadas pela equipa do Kani Shaie Archaeological Project, liderado por cientistas da Universidade de Coimbra.

Há algum tempo que os arqueólogos têm feito escavações no sítio arqueológico de Kani Shaie, um lugar habitado em momentos-chave da história da Humanidade.

É um local situado entre as montanhas e a planície da Mesopotâmia. As investigações têm revelado ocupações desde o sexto até ao final do terceiro milénio, e reocupação posterior no primeiro milénio antes da nossa era, e de forma continuada até ao período Sassânida (século III a.C. – século VII d.C.) e, espaçadamente, durante o longo período islâmico.

Ao longo das últimas semanas, a equipa focou-se “nos níveis arqueológicos do início da Idade do Bronze, tempo de reestruturação das comunidades, já urbanas, em grandes áreas do Próximo Oriente (depois de uma ainda misteriosa quebra na forma de organização das sociedades), nas materialidades a estas associadas, como a cerâmica e outros objectos”, contextualizam os responsáveis Maria da Conceição Lopes e André Tomé.

Destacam-se duas descobertas: uma conta de lápis-lazuli, com origem no atual Afeganistão, testemunho de contactos de longa distância; e impressões de selos que contam a história de uma comunidade com complexos sistemas administrativos e de organização socioeconómica.

Até agora, Kani Shaie foi o sítio arqueológico do Curdistão com mais impressões de selos (84) descobertos.

Na parte mais plana do povoado, verificou-se a existência de um grande edifício de época Parta (século III a.C. – século III d.C.), “que impressiona pela sua dimensão e pelos materiais recolhidos”, descrevem os investigadores.

ZAP //

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