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Arouca encerra portas sem aviso. Rescisão coletiva pode estar iminente

O plantel do Arouca, emblema despromovido ao Campeonato de Portugal, deparou-se esta terça-feira com as instalações do clube encerradas quando os profissionais da equipa de futebol se apresentaram no treino, informou o Sindicato dos Jogadores (SJ).

Em comunicado, a estrutura sindical dos futebolistas refere que “não existe, neste momento, da parte da administração qualquer resposta para o sucedido, nem informação sobre o que irá acontecer nos próximos dias”.

Segundo o sindicato, as preocupações dos jogadores relativamente ao futuro do clube e ao seu futuro profissional aumentaram depois de a comunicação social noticiar que a direção apresentará um pedido de insolvência.

De acordo com o Jornal de Notícias, o Arouca terá mesmo avançado para o pedido de insolvência e rescisão coletiva com todos os jogadores do plantel. O clube não terá ainda pago os salários de abril e os prémios de temporada aos jogadores. O jornal O Jogo noticia que a equipa foi apanhada de surpresa com a tomada de decisão do clube.

O desportivo avança ainda que o SJ, depois de contactado pelo plantel, comunicou que a equipa tem de se apresentar todos os dias no local de treino à hora habitual, mesmo que não tenha informações sobre horários ou sobre a possibilidade de o treino se realizar.

Os jogadores não sabem também quando começam as férias, sendo que, no caso dos futebolistas estrangeiros, o contrato definia que o clube iria pagar o bilhete de avião.

O SJ referiu que está a tentar contactar a Liga de clubes para obter mais informações e lembrou que o “Arouca esteve sujeito aos mecanismos de controlo financeiro e foi licenciado para a competição”.

No domingo passado, o Arouca foi despromovido ao Campeonato de Portugal, ao perder na visita à Oliveirense, por 2-1, em jogo da 34.ª e última jornada da II Liga, na qual terminou em 16.º e antepenúltimo lugar.

O clube da AF Aveiro subiu aos campeonatos profissionais em 2010/11, e alcançou a subida à I Liga em 2012/13, com Vítor Oliveira no cargo, o “rei das subidas”, que esta temporada alavancou o Paços de Ferreira de volta à Primeira Liga. Em quatro temporadas no principal escalão, o ponto mais alto do clube foi a presença nas pré-eliminatórias da Liga Europa, em 2016/17, época que terminou com a despromoção ao segundo escalão.

ZAP // Lusa

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