Apanhando um dos traficantes de pessoas “mais procurados do mundo”

ZAP // usdoj.gov

Um cidadão da Eritreia, descrito como um dos traficantes de seres humanos “mais procurados do mundo” foi preso no Sudão após uma caça ao homem internacional liderada pelos Emirados Árabes Unidos (EAU), anunciou a Interpol na quinta-feira.

O suspeito – identificado como Kidane Zekarias Habtemariam – é acusado de liderar uma organização criminosa que rapta, extorquia e assassina migrantes da África Oriental que tentam atravessar o Mar Mediterrâneo vindos da Líbia, disse em comunicado a agência policial, com sede em França, citada pela CBS News.

O homem foi detido no domingo numa operação policial internacional liderada pelos EAU, com base em informação partilhada pela Interpol, referiu o Ministério do Interior do país, citado pelo Khaleej Times.

Um avanço na caça ao homem surgiu após as autoridades dos EAU terem começado a seguir de perto a organização de Habtemariam e os membros da sua família, descobrindo padrões de lavagem de dinheiro que os levaram ao Sudão. A Interpol começou a monitorizar as atividades de Habtemariam pela primeira vez em 2019.

Habtemariam tinha sido objeto de dois avisos vermelhos da Interpol, um da Etiópia e o outro da Holanda, disse a agência. As autoridades holandesas acusaram-no de dirigir um campo na Líbia que albergava milhares de migrantes.

O homem foi julgado à revelia e condenado a prisão perpétua depois de ter fugido da a Etiópia enquanto decorria. julgamento por tráfego humano, em 2020.

A Líbia emergiu nos últimos anos como o ponto de trânsito dominante para os migrantes que procuram uma melhor qualidade de vida na Europa. O país mergulhou no caos após uma revolta apoiada pela NATO que derrubou e matou Muammar Gadhafi, um autocrata de longa data, em 2011.

Os traficantes de seres humanos beneficiaram do caos no país, contrabandeando migrantes através das longas fronteiras terrestres.

Numa publicação no Twitter, o ministro do Interior dos EAU, Saif Bin Zayed Al Nahyan, escreveu que a operação internacional durou nove meses e também envolveu autoridades holandesas, etíopes e sudanesas.

“Graças ao profissionalismo e à dedicação dos nossos agentes, o traficante de seres humanos mais procurado do mundo já não poderá cometer as suas ações desprezíveis”, declarou Saeed Abdullah al-Suwaidi, diretor da Direção-Geral Federal Anti-Narcóticos dos EAU, numa declaração citada pela Interpol.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.