Algo inesperado pode ser o responsável pelas nossas rugas

Cientistas sugerem que algo inesperado pode estar a provocar as rugas que tanto odeia. Tem tudo a ver com os micróbios que passeiam pela sua pele.

Tenha 30, 40 ou 50 anos, muito provavelmente as rugas começam a ser uma preocupação para si. Há quem se limite a aceitar o destino, há quem ponha cremes na tentativa de atrasar o envelhecimento e há até quem recorra a cirurgias estéticas para corrigir as imperfeições.

A causa das rugas foi atribuída a plenitude de fatores, desde exposição solar à nossa genética e até à nossa qualidade de sono. Há, no entanto, uma teoria que sugere que os micróbios na nossa pele são também responsáveis pelas rugas. Um novo estudo, que ainda não foi revisto por pares, procuro confirmar esta associação.

“Estávamos interessados em examinar até que ponto o microbioma da pele diferia no envelhecimento da pele, porque descobrimos anteriormente que é a manifestação de fatores genéticos e ambientais, incluindo estilo de vida, etnia, residência geográfica, exposição ao sol, características da pele, hábitos de higiene, saúde geral e idade”, disse a autora do estudo Julia Oh à New Scientist.

Os investigadores identificaram as diferentes espécies bacterianas presentes na pele de 51 voluntárias, naturais de Paris. Cerca de metade tinha entre 20 e 26 anos, enquanto as restantes tinham entre 54 e 60 anos.

A equipa também analisou vários parâmetros do envelhecimento da pele, segundo o IFLScience, incluindo qualidade e quantidade de colagénio, que diminui com a idade.

Os cientistas encontraram estruturas de microbioma facial “significativamente diferentes” entre os dois grupos etários. “Descobrimos que grande parte dessa diferença pode ser atribuída à variação nos parâmetros biofísicos, especialmente [colagénio].

Como seria de esperar, os cientista detetaram menos colagénio nas participantes mais velhas.

Por sua vez, destacaram-se três espécies de bactérias em todas as voluntárias: Cutibacterium acnes, Staphylococcus epidermidis e Corynebacterium kroppenstedtii. A primeiro era mais abundantes nas mais jovens, enquanto as duas outras eram tipicamente encontrados nas mais velhas.

Como tal, Julia Oh e o seus colegas sugerem uma associação entre essas bactérias e um declínio nos níveis de colagénio à medida que envelhecemos. Contudo, a direção da correlação não é conhecida. Não sabemos se é a bactéria que causa perde colagénio ou se é a perde colagénio que altera o microbioma da pele.

Até ao estudo ser revisto por pares, está disponível em pré-publicação no repositório online bioRxiv.

ZAP //

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