Movimento de agricultores inclui membros da extrema-direita e negacionistas de vacinas

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Paulo Novais / Lusa

Vários membros do movimento de protestos de agricultores que têm bloqueado as estradas têm ligações à extrema-direita e aos coletes amarelos. As manifestações estão suspensas devido às negociações com o Governo.

O Movimento Civil Pela Agricultura, que emergiu nas redes sociais e foi responsável por paralisar o trânsito em várias estradas e autoestradas por todo o país, é composto por elementos ligados à extrema-direita e com histórico em movimentos semelhantes.

Segundo o Expresso, este grupo inclui membros anteriormente envolvidos nos Coletes Amarelos, o movimento que há seis anos mobilizou protestos em toda a Europa contra o aumento dos preços dos combustíveis, já naquela época associados à direita radical.

As conexões deste novo movimento estendem-se a ex-negacionistas da Covid-19, que entre 2020 e 2022 promoveram protestos contra as medidas governamentais de combate à pandemia, espalhando teorias da conspiração e desencorajando a vacinação. Apesar destas ligações, fontes asseguram que não há elementos radicalizados nas principais confederações de agricultores, que também expressam descontentamento com as políticas recentes para o setor.

Os protestos organizados pelo Movimento Civil Pela Agricultura resultaram em marchas lentas de tratores que bloquearam as estradas, particularmente nas fronteiras portuguesas e áreas próximas à Ponte Vasco da Gama. O protesto está momentaneamente em pausa, aguardando o resultado de uma reunião de negociações com o Governo marcada para segunda-feira.

Contrariamente a eventos similares em países como França e Bélgica, os protestos em Portugal não escalaram para confrontos com a polícia. A GNR adotou uma estratégia de proximidade com os líderes do movimento, apelando à sua responsabilidade para permitir a passagem de veículos com produtos perecíveis ou em emergência, o que foi acatado pelos manifestantes.

Este cenário reflete uma preocupação das autoridades em evitar a escalada de violência vista noutras nações, apostando numa abordagem de diálogo e sensibilização.

ZAP //

7 Comments

  1. Todas as greves que têm vindo a terreno ultimamente, professores, médicos, enfermeiros, polícias, agricultores e eventualmente alguns mais que não me vêm à memória, têm tido mãozinha de reaça, mais explícita, mais implícita, mais descarada ou mais disfarçada.
    Os partidos políticos, em face do período pré-eleitoral, têm-se inibido de o denunciar, mas a presença da extrema direita em todos eles, só escapa aos ingênuos e aos tolos.
    Não deve, portanto, não pode escapar-nos a perceção, a sagacidade e argúcia política q. b., que nos permita a noção exata do que está a acontecer.
    Todas essas ações, brindadas com o manifesto apoio da sociedade (mormente da que se opõe ao governo, PR incluído) , tem sido o aporte da força e da confiança que os encoraja a sair das tocas e virem a público mostrar a sua “virilidade” e “pujança”, como aconteceu no triste evento do largo de Camões.
    Como a diz a canção do Sérgio Godinho
    Cuidado, Casimiro.
    Cuidado c’oas imitações

  2. Mas porque será que quando existe qualquer movimento que na realidade defende os interesses das pessoas na sua generalidade, mas que não é organizado pelos sindicatos afectos è esquerda, tem logo que ser reacionário e de estrema direita?? A resposta é simples: à direita tudo é proibido e à esquerda tudo é permitido!! deixem-se de parvoíces partidárias e vejam o que é importante para as pessoas!! É simples pensar um pouco: há algum país governado pela esquerda em que se viva decentemente? Porque será que todos os esquerdalhos de sofá vivem em países capitalistas? Já alguém fugiu para a Venezuela, Coreia do Norte ou Cuba? Aqui só para turismo, turismo explorado pelo comunismo!!

  3. A situação do pais está maravilhosa, fantástica e nunca esteve melhor. Só mesmo os maluquinhos protestam e apenas porque são tolinhos e deixam a “reaça” meter a “mãozinha”…

    Quem quer que conteste as políticas do governo (ou a ausência total de rumo e de planos) é extremista, negacionista, reaccionário, radical ou quando nenhuma destas pega, é de extrema-direita!!!

    No entanto, nem tudo se perde e gostei do belo exemplo que apresenta; o do Camarada Godinho, esse grande democrata! Entre outras coisas, não era um dos que defendia a solução final do Camarada Otelo, no Campo Pequeno? Não foi ele que trouxe um pacote de substancia branca da Colombia, “oferta” dos Camaradas das FARC, que pela sua posse foi preso no aeroporto e defendeu-se, dizendo que era “perseguição política”?

    Só pode ter sido a “reaça” que o entalou…

  4. Mas agora todos que lutam pelos seus direitos neste país são automaticamente rotulados como sendo de extrema direita???

    Tenham juízo!!!!!!!

  5. Olha, finalmente uma novidade.
    Não sabia que os portugueses de extrema direita e portugueses que não gostam e não querem levar vacinas não têm direito à vida… só mesmo os de extrema esquerda e os que gostam muito de levar vacinas é que têm direitos.
    Este país está a evoluir de dia para dia.
    Viva a democracia.

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