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Adeus, IKEA. Móveis que se montam sozinhos, uma realidade mais próxima do que pensa

Uma equipa de cientistas está a aprimorar uma técnica de impressão que um dia permitirá que peças de mobiliário se montem sozinhas.

A IKEA pode ter os seus dias contados devido a uma tecnologia futurista que promete vir a colocar um ponto final nas ínfimas horas perdidas a montar móveis.

Imagine um cenário em que encomenda uma secretária pela internet. Alguns dias depois, recebe a encomenda em casa. Uma pequena caixa com apenas uma placa de madeira com uma tinta molhada. Depois de a tinta secar, a madeira transforma-se quase que por milagre na secretária que tinha visto online.

Não, isto ainda não é possível — pelo menos para já. Doron Kam, da Universidade Hebraica de Jerusalém, no Israel, está a trabalhar para atingir esta utopia de mobiliário.

Segundo a Inverse, Kam sugere uma técnica inovadora que envolve um planeamento meticuloso e uma impressora 3D de alta gama. O resultado são objetos de madeira que não são necessários cortar, dobrar, ou o que quer que seja.

Tudo o resto é conseguido através de um inimigo bem conhecido: a deformação da madeira. A madeira fica molhada e seca de forma desigual, criando formas desniveladas. Aquilo que é visto como um contratempo em todas as outra mobílias, é aproveitado por Kam e seus colegas da melhor forma possível.

Normalmente, a deformação da madeira acontece de forma natural e incontrolável. No entanto, os investigadores descobriram uma forma de ditar exatamente como é que o pedaço de madeira se modifica enquanto molhado.

É aqui que entra a impressora 3D, que coloca minuciosamente a tinta em sítios específicos para atingir o efeito desejado.

Eventualmente, este processo poderá vir a criar móveis personalizados que são fáceis de enviar e não exigem o árduo trabalho de montá-los.

Até agora, a equipa de Kam fez apenas pequenos protótipos e ainda está a descobrir como ampliá-los com sucesso.

“Se investirmos tempo e recursos suficientes, pode produzir produtos realmente interessantes e valiosos”, reconhece Kam. “A maneira como estamos a mostrar isto é apenas por marcenaria”, mas as possíveis aplicações são inúmeras.

Esta técnica poderá ser usada em medicina, por exemplo, num gesso que se adapta automaticamente ao braço do paciente.

Daniel Costa, ZAP //

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