O homem agredido no domingo à bastonada em Guimarães por um subcomissário da PSP admitiu que o facto de ter “levantado as mãos” poderá ter estado na origem do “ataque” do oficial. José Magalhães negou, no entanto, que tenha dirigido “qualquer impropério” ao subcomissário.
“A explicação que eu encontro poderá ter sido o facto de ter levantado as mãos”, referiu, adiantando que o seu objetivo era apenas apontar para o estádio e para o que ali se estaria a passar.
Os factos registaram-se no final do jogo de futebol para a I Liga entre o Vitória de Guimarães e o Benfica, no exterior do Estádio D. Afonso Henriques.
Um subcomissário da PSP de Guimarães foi filmado a agredir à bastonada José Magalhães e o pai, adeptos do Benfica. As agressões ocorreram na presença dos dois filhos menores de José Magalhães.
Hoje, José Magalhães e o pai apresentaram queixa no Ministério Público contra o subcomissário, por ofensas à integridade física qualificadas.
No final, José Magalhães explicou que, na altura em que foi abordado pela PSP, levantou as mãos para apontar para o estádio, ao mesmo tempo que diria que a polícia devia era estar preocupada com a “confusão” e o “inferno” que se estariam a registar lá dentro.
“A partir daí, também já não me recordo. Foi tudo muito instantâneo, eu estava abaixado para assistir o Gonçalo [filho], e a partir daí é o que as imagens demonstram”, disse ainda.
O subcomissário, no auto de notícia, escreveu que José Magalhães lhe cuspiu, o injuriou e o ameaçou. José Magalhães já está constituído arguido, por ameaças e injúrias agravadas.
A PSP instaurou um processo disciplinar ao subcomissário e a Inspeção-Geral da Administração Interna abriu um inquérito. A nível criminal, o caso está a ser investigado pelo Ministério Público.
O Benfica já convidou José Magalhães, os dois filhos e o pai para assistirem, no sábado, no Estádio da Luz, ao último jogo da edição 2014/2015 da Primeira Liga de Futebol. Antes de aceitar o convite, José Magalhães pediu uma opinião à equipa de psicólogos que está a acompanhar os filhos, após estes terem presenciado as agressões ao pai e ao avô.
/Lusa
Relatório do Incidente:
“… o agressor já no chão cuspiu-me na cara, chamou-me nomes a mim e ao colega que na imagem o está a agarrar, o pai do agressor também me cuspiu na cara aquela distância com pontaria certeira, daí que tivesse de lhe dar uma bastonada para acalmar, e os filhos também levariam se não fosse outro colega a retira-los do palco dos acontecimentos.
A garrafa de agua que o agressor estava a dar ao filho, tinha servido anteriormente para o agressor acumular muco suficiente para me agredir viscosamente.”
É tão mau que até dá vontade de rir. Haja bom senso…