A Rússia está a usar golfinhos para proteger bases navais do mar Negro

Animais são escolhidos por os sonares mais sofisticados de toda a fauna, sendo-lhes fácil detetar minas e outros objetos potencialmente perigosos.

A Rússia está a usar golfinhos para proteger a entrada de um porto importante do mar Negro, de forma a proteger uma base naval com grande importância para o regime de Vladimir Putin. As evidências foram recolhidas através de fotografias de satélite, observadas por um analista naval e fornecidas ao The Wasington Post.

Nelas é possível ver dois compartimentos com golfinhos na entrada do Porto de Sebastopol, na Crimeira. H. L. Sutton, responsável por fornecer a informação ao Instituto Naval dos Estados Unidos, acrescentou que os compartimentos foram lá colocados em fevereiro, na altura em que a invasão começou.

De acordo com o especialista, os golfinhos podem ser usados para neutralizar os mergulhadores ucranianos que tentassem entrar naquele espaço marítimo para sabotar os navios russos. A técnica não é nova, já que tanto Estados Unidos da América como a Rússia treinaram os animais para este efeito há décadas.

Tal como lembra o Público, desde a década de 1960 que a marinha norte-americana treina golfinhos e leões-marinhos para ajudarem a combater ameaças semelhantes. De acordo com os especialistas, os golfinhos têm os sonares mais sofisticados de toda a fauna, sendo-lhes fácil detetar minas e outros objetos potencialmente perigosos – que muitas vezes escapam aos sonares eletrónicos.

O programa norte-americano foi conhecido na década de 1990, mas decorreu durante décadas em segredo – o que permitiu manter as operações em segredo e longe das críticas das organizações ambientais. Já a Rússia terá usado a base de Sebastopol para treinar golfinhos para fins militares, nomeadamente colocar explosivos em navios ou procurar minas.

Num e-mail endereçado ao The Washington Post pela Maxar Technologies, empresa que captou as imagens, esta confirma que concorda com a análise feita.

ZAP //

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