A forma como os americanos recebem está a mudar radicalmente. A pandemia de covid-19 despoletou um fenómeno que veio para ficar.
A pandemia de covid-19 veio mudar muitas coisas. Uma delas é a forma como as pessoas trabalham. O teletrabalho tornou-se uma ferramenta cada vez mais usada pelas empresas e a maioria dos trabalhadores parece satisfeita com as vantagens, como poupar dinheiro de combustível ou dos transportes públicos e tempo das comutas.
Pagar às pessoas com base em onde moram é algo que sempre aconteceu. Uma pessoa pode fazer o mesmo trabalho com as mesmas qualificações, mas se morar no interior do país nunca ganha tanto como a trabalhar em Lisboa ou no Porto. A geografia traz um preço — e nos Estados Unidos não é diferente.
Lá, a forma como os norte-americanos são pagos está a mudar radicalmente. A pandemia fez com que pessoas que trabalhassem em escritórios nas grandes cidades pudessem agora ir para outras zonas mais económicas enquanto continuam em teletrabalho na mesma empresa.
Novos dados sugerem que o que parecia uma exceção de curto prazo está rapidamente a tornar-se a norma. À medida que as empresas contratam para funções remotas em cidades muito além da sua sede, os salários em todo o país estão a aproximar-se dos salários das grandes cidades, escreve a revista Insider.
Por exemplo, os salários em Washington DC — que costumavam ser 15% mais baixos do que os de São Francisco — estão agora praticamente no mesmo nível.
Este fenómeno é mais visível nas empresas tecnológicas, que permitem em maior medida o teletrabalho. Os dados são da Carta, uma plataforma de salários usada por startups de tecnologia.
No entanto, este fenómeno — apelidado de Grande Convergência Salarial — não é exclusivo das startups de tecnologia. Os empregos de colarinho-branco também estão a mudar.
Desde o fim de 2019, altura em que apareceu o novo coronavírus, mais de uma dúzia de áreas metropolitanas viram aumentos salariais na casa dos dois dígitos.
“É a interrupção que o trabalho remoto causou, onde tantas empresas estão a contratar remotamente”, diz Jay Denton, analista-chefe de mercado de trabalho da LaborIQ, em declarações à Insider. “Tantas indústrias e tipos de empregos foram afetados por isto”.
Só um reparo: não se escreve despoletou, antes espoletou.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo.
O termo “despoletar” tem vários significados, e está correto no contexto em que é usado neste artigo.
No contexto militar significa “desarmar”.
Noutros contextos, em português de Portugal, significa “fazer surgir”.
1. Desarmar a espoleta ou o detonador, impedindo a explosão (ex.: despoletar uma granada). ≠ ESPOLETAR
2. [Figurado] Retirar aquilo que permite uma acção (ex.: despoletar um movimento de contestação). = ANULAR, TRAVAR
3. [Portugal] Fazer surgir (ex.: o artigo despoletou reacções violentas)
“despoletar“, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Poderá ainda consultar no FLIP informação acerca do seu uso:
despoletar [Definição]
Boa ZAP!!! 🙂
Sou 100% contra o acordo ortográfico; só existe Língua Portuguesa, nada mais.
Qualquer dia ou já amanhã, precisamos de um dicionário para nos percebermos a nós próprios – ridículo.
Cumprimentos e bom trabalho.