d.r. Fundação Francisco Manuel dos Santos

David Justino, presidente do CNE, Conselho Nacional de Educação
O Conselho Nacional de Educação não põe problemas ao fim dos exames do 4.º ano mas acredita que os do 6.º e 9.º ano deviam manter-se.
O presidente do Conselho Nacional de Educação, David Justino, deu esta quinta-feira o seu parecer, pedido pela Assembleia da República, sobre as mudanças que estão a ocorrer na educação com o novo Governo.
Isto numa altura em que ainda se aguarda a decisão final do ministro Tiago Brandão Rodrigues, que deve ser revelada ainda esta semana.
Relativamente aos exames do 4.º ano, o presidente considera que não se pode opor ao fim deste modelo de avaliação, até porque essa decisão já foi aprovada na Assembleia pelos partidos de esquerda.
“Pronunciámo-nos sobre uma situação que em parte já estava consumada, o que constituía uma condicionante”, sublinhou, citado pelo Público.
Caso esse parecer tivesse sido pedido antes, talvez o órgão também tivesse solicitado a sua manutenção, embora alterando alguns dos principais constrangimentos sentidos.
Por isso, o responsável sugere apenas que se introduzam as “provas de aferição sem qualquer ponderação na classificação final dos alunos, mantendo-se o seu carácter obrigatório e universal”.
Por outro lado, relativamente aos exames no final do 6.º e 9.º ano, o órgão consultivo acredita que deviam ser mantidos, com peso na avaliação final dos alunos.
“Os exames têm uma carga simbólica muito grande, mesmo que as pessoas saibam que a probabilidade de alterarem as notas finais dos alunos é muito reduzida. O grau de mobilização de pais e alunos é muito maior do que o que se verificou com as provas de aferição, aplicadas no passado”, explica o presidente, citado pelo Expresso.
“Não se deve eliminar sem saber o que se põe lá a seguir”, defendeu David Justino, defendendo que o sistema educativo precisa de ser mais estável.
ZAP