O novo chip foi desenvolvido com o objetivo de diminuir o tempo de carregamento das baterias, sobretudo de telemóveis, mas poderá vir a ser usado em todos os outros dispositivos eletrónicos.
A ideia – que seguramente vai resolver muitas dores de cabeça pelo mundo inteiro – partiu pelas mãos de Rachid Yazami, um professor da Nanyang Technological University, em Singapura.
O chip inteligente nasceu com o objetivo de carregar um smartphone em menos de dez minutos mas o responsável espera que um dia possa ser usado para carregar quase tudo como, por exemplo, carros elétricos, avança a International Business Times.
Além da rapidez com que promete desempenhar a tarefa, o chip ainda tem a grande vantagem de ser extremamente pequeno, o que significa que pode ser incorporado em quase todo o tipo de baterias.
Atualmente, a maioria das baterias de iões de lítio são carregadas através de um processo elétrico muito lento, exatamente para prevenir que o aparelho chegue a uma fase de sobreaquecimento e explosão. É exatamente isso que Yazami quer prevenir.
Ao ser introduzido no interior das baterias, o novo sensor seria capaz de carregar a bateria muito mais rápido, graças a um algoritmo que calcula a quantidade exata de bateria ainda existente através da medição da voltagem e temperatura.
De seguida, o sensor comunica essa informação a outro sensor, que permitiria reduzir o tempo necessário para carregar a bateria.
“Além de perceber o estado de degradação das baterias, a nossa tecnologia pode ainda dizer o estado exato de carga da bateria e, daí, otimizar esse processo para que a bateria possa ser mantida nas suas melhores condições enquanto está a carregar de forma muito mais rápida”, explicou.
“A minha visão para o futuro é a de que todas as baterias possam vir a ter um chip destes, que pode reduzir o risco de incêndio das baterias em dispositivos eletrónicos e em veículos elétricos enquanto prolonga o seu tempo de vida”, acrescentou.
O chip demorou cinco anos a ser desenvolvido e vai estar disponível para empresas do setor até ao final de 2016. Além disso, o professor já iniciou contactos com a Tesla para explorar a possibilidade de introduzir esta tecnologia nos seus veículos elétricos.
ZAP